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domingo, julho 19, 2009

A importância da família no desenvolvimento da maturidade emocional dos filhos

Júlia Mascarenhas Freire

É fato que a estrutura familiar sofreu mudanças ao longo dos tempos. Aliás, estranho seria não ter sofrido, uma vez que esta acompanhada as mudanças da sociedade.
Para constituir-se emocionalmente maduro, a caminhada do individuo começa desde o inicio de sua vida, quando ainda bebê e sujeito a uma dependência quase absoluta, até a gradativamente evolução para a conquista da independência. Quando bebê, os cuidados ficam concentrados na figura da mãe, à medida que o bebê cresce, esse cuidado materno expande-se para ambos os pais, que, juntos, assumem a responsabilidade sobre o filho. Esse processo de “expansão” continua e incluem-se os irmãos, caso haja, até a entrada dos avós, tios, primos e outros indivíduos que, possua proximidade, são considerados parentes.
Os pais têm que ter a medida desses cuidados. Devemos pensar se não estamos sendo muitos rigorosos em algum ponto. Até porque, se a proteção for muito forte, a criança ou adolescente acaba sendo discriminado dentro do próprio grupo dele. A realidade e as situações variam de uma família para outra.

Criar filhos numa redoma certamente não é a melhor solução. Mais é muito importante que os pais estejam bem informados e saibam encarar a realidade como ela é. Porém, no outro extremo, pais neuróticos, que a todo instante alertam seus rebentos para os perigos da cidade, podem causar estragos em seu desenvolvimento psicológico “penso que existem duas palavras para minimizar a angustia dos pais frente aos perigos do cotidiano: bom senso.
Na hora de decidir, por exemplo, se deixa ou não seu filho adolescente voltar da escola sozinho, é preciso avaliar bem as condições dessa situação. “dizer sim fará bem ao jovem que está construindo sua autonomia, mais é bom verificar o trajeto que ele fará e se terá companhia de outros colegas”. Um diálogo claro e aberto com o jovem é essencial. “Em qualquer situação que envolva fazer coisas longe dos olhares dos pais, é fundamental uma boa conversa ponderando os riscos, os perigos. Mais e preciso ter cuidado porque deve ser uma conversa, e nunca um sermão!”. O canal de comunicação entre pais e filhos tem que ser uma via de Mão dupla. “Os pais devem ouvir muito antes de falar, e perguntar sempre a opinião de seus filhos sobre as suas próprias opiniões. Ser arbitrário não funciona. É preciso que comprem as idéias para exercê-las. Como o bom senso está na ordem do dia, é bom lembrar que, se a risco de fato, a palavra final é dos pais. Não é proibido dizer não, desde que explique as razões. E o não é não mesmo. Os filhos não precisam aceitar, apenas saber o porquê do não”.
De que adianta criar filhos que, apesar de seguros nunca se tornem aptos a enfrentar as dificuldades do mundo afora sozinhos? Não dá para cercear o tempo todo, assim como não dá parar negar os perigos da cidade. O cuidado deve ser com a segurança, sim, mais sem esquecer que hoje, mais do que nunca, as crianças precisam ser estimuladas em sua autonomia, porque é o que o mundo vai cobrar delas. O papel dos pais é de orientar sempre. Exemplo: a criança que passar o dia ou dormir na casa de um amiguinho. Nesse momento, quais as fantasias passam pela sua cabeça? Meu filho é muito pequeno, precisa de cuidados que só eu posso dar; mais ele só dorme se eu cantar para ele; será que vai comer direitinho? E se ele chorar sentindo minha falta? Esses são questionamentos que podem transforma-se em impedidores para permitir essa rica experiência para o filho. Podemos entender maturidade emocional como a capacidade do sujeito de conhecer suas próprias limitações e potencialidades e, assim, interagir com o meio e os outros de maneira saudável. Vale ressaltar que a maturidade emocional não é conquista só dos adultos. A cada fase, é necessário que o sujeito seja emocionalmente maduro para dar conta de seus desafios. Não é possível a maturidade emocional fora do contexto familiar.
A família é essencial na conquista da maturidade do filho, pois só ela pode proporcionar um caminho de transição entre os cuidados dos pais e da vida social. Sua função é oferecer o colo como espaço simbólico e regresso, bem como a contenção necessária para que este desenvolvimento aconteça de maneira saudável.
É importante perceber que a criança e o adolescente podem (e deve) encontrar soluções pessoais para suas eventuais dificuldades, longe do domínio dos pais.

Dra.

Júlia Mascarenhas Freire

Especialista em Psicologia Clínica.

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