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quarta-feira, agosto 19, 2009

Associação Nacional de Jornais completa 30 anos

A entidade surgiu em meio ao regime militar, mas sempre lutou pela liberdade de expressão e defesa dos direitos do cidadão.

Nesta terça-feira, a Associação Nacional de Jornais, comemorou o 30º aniversário e defendeu a liberdade de expressão. Em 1979 o Brasil ainda estava no regime militar e surgia a Associação Nacional de Jornais. O primeiro presidente foi Cláudio Chagas Freitas e de lá para cá, a ANJ já teve 11 presidentes. Enquanto amadurecia a luta pela liberdade de expressão, a entidade atuava em frentes de defesa dos direitos do cidadão. Como no movimento Diretas Já, na elaboração da Constituição de 1988 e agora, recentemente, na sessão do Supremo que derrubou a ultrapassada Lei de Imprensa. A ANJ representa 140 jornais em todo o país. Nesta terça-feira, no aniversário da Associação, a presidente destacou a dimensão que a entidade alcançou. “Começamos pequenos, por opção, e hoje temos jornais associados em absolutamente todos os estados brasileiros. Temos uma unidade da qual devemos nos orgulhar e que é a razão da nossa força, que nos permite, com mais eficiência, fazer a legítima defesa dos nossos interesses”, declarou a presidente da ANJ Judith de Brito. Trinta anos depois da sua criação, a ANJ lembra que mesmo após a conquista da democracia, a liberdade de expressão foi muitas vezes atacada no Brasil. Jayme Sirotsky, ex-presidente da ANJ, fez um alerta: “é esta perigosíssima mistura de política, religião e operação de meios de comunicação. Nós achamos que esta mistura não interessa à sociedade. A sociedade precisa ficar muito alerta e precisa expor suas posições, pra que estes limites sejam estabelecidos”. E criticou recentes tentativas de censura à imprensa: “Aparentemente já tínhamos vencido isso, mas não. Nós vemos com relativa frequência, como aconteceu agora com o Estado de São Paulo, e com A Tarde, esta condição que parece não ter sido bem entendida por algumas cabeças do nosso sistema judiciário”. E foi Jaime Sirotsky o encarregado de entregar o título de sócio honorário da ANJ a João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo e presidente do Conselho Editorial do grupo. A homenagem é um reconhecimento ao trabalho dele à frente da ANJ, desde a fundação. Sirotsky lembrou de uma frase do homenageado, dita tempos atrás. Em uma entrevista, ele disse que "nós não somos éticos porque somos líderes. Nós somos líderes porque somos éticos". Em seu discurso de agradecimento, João Roberto Marinho falou do passado e do presente: “A ANJ nunca abandonou o seu norte, a defesa intransigente da liberdade de expressão contra toda tentativa de intimidação. Cada um de nós, em algum momento, já enfrentou a prepotência daqueles que não se conformam em ver seus desvios expostos. Nesses anos todos, nenhuma intimidação prevaleceu, porque cada associado contou sempre com os demais quando se tentou matar a verdade. Hoje, infelizmente, muitos de nós ainda enfrentamos obstáculos assim, que podem ser diferentes na forma, mas são iguais na essência. O que conforta é saber que o norte é o mesmo e que, no fim, aqueles que praticam o bom jornalismo serão reconhecidos”, declarou. No painel que reuniu jornalistas premiados, um testemunho de um repórter preso no Irã, acusado de espionagem, durante as eleições presidenciais. Iason Athanasiadis é inglês de origem grega e deu seu testemunho da forte censura ainda vigente em muitos países. Nos últimos 12 meses, a ANJ se manifestou 31 vezes contra casos de violação à liberdade de expressão nos jornais.

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