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domingo, agosto 23, 2009

Clínica de Roger Abdelmassih faria pesquisas escandalosas

O médico Roger estuprador

Fantástico mostra novos depoimentos sobre o caso do médico Roger Abdelmassih, acusado de mais de 50 estupros contra pacientes em São Paulo.

O Fantástico mostra novos depoimentos sobre o caso do médico Roger Abdelmassih, acusado de mais de 50 estupros contra pacientes em São Paulo. O Ministério Público apura também denúncias de manipulações genéticas indevidas dentro da clínica de reprodução humana. Os nossos repórteres falaram com exclusividade com um ex-coloborador do médico. E ele afirma que havia pesquisas escandalosas nos laboratórios de Roger Abdelmassih.

Uma clínica que vende o sonho da maternidade. Um dos médicos mais famosos do Brasil em reprodução assistida. O engenheiro químico Paulo Henrique Ferraz Bastos conta que prestou serviços para Roger Abdelmassih por mais de dois anos. Segundo ele, a empresa da qual era sócio fazia pesquisas genéticas com animais, mas passou a trabalhar também com fertilidade humana quando foi contratada pelo médico. “Me incomodava bastante o fato de uma parte das pesquisas da minha empresa veterinária terem sido deslocada para uma clinica de humanos. Quer dizer, culturas de células animais sendo trabalhadas em uma clinica humana”, diz ele. Esta é a primeira entrevista do ex-colaborador de Roger Abdelmassih. Ele diz que tinha acesso aos laboratórios da clínica. “Existem pesquisas na clinica do doutor Roger que são escandalosas. Por isso, eu fui contra e briguei com eles, por uma questão ética”, afirma Paulo Henrique Ferraz. Filho de libaneses, Roger Abdelmassih tem 65 anos e uma longa carreira. Formou-se em Medicina em 1968, na primeira turma da respeitada Universidade Estadual de Campinas. Ele começou a carreira em um hospital da cidade. E é daquela época, o inicio dos anos 70, o primeiro relato de abuso sexual de uma paciente, em uma cama do hospital. “Ele tocava e falava: ‘É a sua virgindade que eu quero’. Ele perguntou quanto eu queria por ela. Ele tirou o membro dele e passou no meu corpo. Aí, eu fugi do hospital”, conta uma vítima. A Justiça mandou prender o médico na segunda-feira passada. Pesam contra ele 56 acusações de estupro. "Foi uma luta corporal e ele acabou conseguindo fazer a penetração duas vezes”, diz uma vítima, que não quer se identificar. A dona de casa Helena Leardini também denuncia o médico: “Ele veio com todo o corpo dele pra cima de mim e quando ele me beijou nos lábios eu cerrei automaticamente a boca. Era a única coisa que eu podia fazer naquele momento”. E ainda há mais investigações a serem feitas. É o que pensa o Ministério Público, depois de ouvir outros tipos de relatos sobre o doutor Roger. “Eu perguntei para ele se era possível escolher menina. Ele me falou que sim. Ele simplesmente falou que isso teria um ‘custozinho’ a mais e disse que ia fazer por US$ 1,2 mil”, conta a dona de casa. Segundo o Conselho Federal de Medicina, as técnicas de reprodução assistida não devem ser aplicadas para selecionar o sexo do bebê, a chamada sexagem, exceto pra evitar doenças na criança. Outra ex-paciente faz outra denúncia grave. Diz ter recebido do médico uma proposta depois de uma tentativa fracassada de engravidar. "Ele pra pegar um óvulo doado. Disse ainda que eu não precisava contar para o meu marido. Ele falou que iria fotografar uma pessoa e me mostrar, para pegar um DNA muito próximo. Ele disse ‘A criança nasce e nem você vai acreditar’", conta. O processo contra ele menciona mais uma prática polêmica, a transferência de citoplasma. Funciona assim: pega-se um óvulo fértil, geralmente de uma mulher mais jovem, e se retira o citoplasma, uma espécie de gel que fica dentro da célula e tem varias estruturas que fazem o óvulo funcionar. O citoplasma é injetado no óvulo da paciente com dificuldade pra engravidar. “Palavras dele: ‘Você turbina o seu óvulo com parte do citoplasma do óvulo de uma mulher mais nova. A chance de nascer com DNA de outra mulher seria mínima”, denuncia uma paciente. “Isso vai ocasionar que os indivíduos provenientes dessa tecnologia são potencialmente de três pais genéticos”, ressalta o medico Jorge Hallak. A técnica foi proibida nos Estados Unidos em 2001. No Brasil, a resolução do Conselho Federal de Medicina, de 1992, não menciona a transferência de citoplasma, pois ela só seria desenvolvida quatro anos depois. O texto estabelece que deve haver sigilo sobre a identidade dos doadores de óvulos, espermatozóides e pré-embriões e que é sempre necessária a aprovação do cônjuge ou companheiro para um tratamento de reprodução assistida. As denúncias contra Roger Abdelmassih fizeram o Ministério Público abrir um segundo inquérito. Depois de investigar os crimes sexuais que o medico teria cometido, os promotores agora querem saber como era o trabalho dele, as técnicas usadas. A suspeita é a de que existia um banco clandestino de óvulos e espermatozóides dentro da clinica. De acordo com o depoimento de uma paciente à polícia, o doutor Roger chegou a propor embriões compatíveis com as suas características físicas da paciente e do marido, do mesmo tipo sanguíneo. A mulher perguntou de quem seria o embrião. E ele respondeu, já impaciente, que isso era com ele, já que era a parte medica. Ele disse que todas as pessoas na clinica eram de alto nível e não seria nenhum embrião de nenhuma “neguinha de rua" “Tudo isso é possível. Seria possível fazer realmente na clinica do medico. A tecnologia existe e está à disposição. Do meu ponto de vista, é altamente antiético, mas é possível”, comenta Paulo Henrique Ferraz Bastos. O engenheiro que trabalhou para o medico alega que mudou de cidade, porque estaria sendo ameaçado: “Recebi e-mails que falavam que aqui no Brasil é muito fácil ser assassinado”. Depois de a Justiça negar dois pedidos de liberdade, a defesa agora vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal. “Todos os procedimentos feitos com as pacientes eram com a assinatura das partes envolvidas. A defesa vai demonstrar de maneira clara, taxativa e transparente a inocência do doutor Roger”, afirma José Luís de Oliveira Lima, advogado de Roger Abdelmassih. “Para nós, mulheres, o importante é ele ir a julgamento e responder pelo que ele fez e não atender mais como medico”, Espera Helena.

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