por Alexandre Garcia
Outra invasão e dessa vez com uma imagem bastante forte. É chocante ver o trator derrubando milhares de laranjeiras.
A laranja é riqueza do país. Pesam na balança comercial. Ajudam na estabilidade da moeda e beneficiam, em ultima análise, o bolso do povo. O crime que se vê não é contra o proprietário, é contra o país. É de se perguntar se quem comete um crime desses não conta com a omissão, com o crime de responsabilidade, de quem insiste em classificar esses crimes como manifestações sociais e não age para coibir e punir quem ataca um dos setores que o país mais pode se orgulhar: o que produz alimentos e gera riqueza para todos.
O fato é que cinco mil pés de laranja foram destruídos e a figura jurídica do MST não pode ser responsabilidade. Não existe figura jurídica e ninguém exige isso. Mesmo que a área seja pública, não são eles que vão fazer a reforma agrária.
A lei não age. Se eu entrar lá e fizer a mesma coisa com um trator vou ser preso e colocado em uma camisa de força. Se, em lugar dessa camisa de força, eu estiver vestido com uma camisa vermelha do MST, não vai me acontecer nada, porque sou movimento social, sem responsabilidade, sem personalidade jurídica.
Todo esse movimento depende de dinheiro, de verba para se organizar. Isso vem de caixa-preta. Ninguém sabe, ninguém viu. É um dinheiro que vem de algum lugar e não é pouco.
Ainda outro dia eu conversava com um político do Paraná e ele disse que foi visitar um acampamento do MST e todos os fogões estavam frios. A comida chegava de quentinha de um restaurante. Alguém comprava a comida do restaurante. Alguém paga o combustível dos veículos. É uma senhora caixa-preta. Invejável.
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