Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Brasileira que disse ter sofrido ataque neonazista na Suíça é multada

Advogada mentirosa Paula Oliveira

Tribunal suíço condenou Paula Oliveira a pagar multa de 10.800 francos.
Brasileira afirmou ter sido atacada por neonazistas, mas depois desmentiu.
Do G1, com agências internacionais

A brasileira Paula Oliveira, de 27 anos, que em fevereiro de 2009 simulou ter sido vítima um ataque de neonazistas próximo a Zurique, na Suíça, foi condenada nesta quarta-feira (16) por mentir e "induzir a Justiça ao erro" e vai ter que pagar uma multa no valor de 10.800 francos (cerca de R$ 18 mil.

A multa equivale a 90 dias multiplicados por 120 francos diários.

A juíza Nora Lichti-Aschwanden, do tribunal de distrito de Zurique, considerou a brasileira responsável por seus atos e por falsas declarações.

Para a juíza, que anunciou a sentença diante de uma sala lotada e cerca de 40 jornalistas, a acusada "sabia que estava prestando queixa por um fato que nunca existiu" e "a capacidade de compreensão dela estava intacta". Entretanto, a juíza admitiu uma "culpabilidade reduzida" da jovem, aceitando a perícia psiquiátrica que reduziu para nível "médio" a responsabilidade da ré.
Estas constatações levaram a juíza a pronunciar uma pena relativamente branda, que deverá "servir de lição" à brasileira, afirmou.
Além disso, ela terá de pagar outra multa, de 2.500 francos, e arcar com as despesas judiciais. Para o pagamento das multas, no entanto, ela recebeu um prazo de dois anos. Seus documentos de identidade foram devolvidos, e ela poderá voltar ao Brasil.
Pedido de absolvição
O advogado da brasileira Paula Oliveira, que denunciou ter sofrido uma agressão xenófoba na Suíça em fevereiro, mas dias depois admitiu que havia se automutilado, havia pedido a absolvição da cliente na abertura do julgamento em um tribunal de Zurique.

Saiba mais sobre o caso da brasileira Paula Oliveira, multada na Suíça
Veja imagens do caso da brasileira Paula Oliveira
Roger Muller, o advogado da jovem de 27 anos, havia pedido ao tribunal do distrito de Zurique a absolvição, ao afirmar que ela não pode ser considerada responsável por seus atos e declarações.


Foto mostra os cortes nas pernas de Paula.

A defesa alegava que Paula sofre transtornos neuropsicológicos provocados por uma doença autoinmune, o lúpus sistêmico. "A doença exige muitas visitas médicas, muitos medicamentos e muitas terapias, que podem provocar delírios", explicou o advogado.

A avaliação psiquiátrica apresentada ao juiz considerava que a responsabilidade da jovem era de nível médio.
A acusada, vestida de negro e acompanhada por seu pai, respondia às perguntas do juiz com a ajuda de um intérprete.

"Fui agredida", disse ela. "Esta versão dos fatos corresponde à verdade que tenho registrada em minha cabeça."

A jovem disse ter confessado ter inventado a história "para que o assunto fosse encerrado o mais rápido possível".

Mapa localiza a cidade em que Paula Oliveira disse ter sido agredida.


Ao final do julgamento, segundo a edição on-line do jornal suíço "Tages Anzeiger", Paula lamentou a exposição do caso na imprensa internacional, e disse não ter sido responsável pela divulgação da notícia de que teria sido atacada por neonazistas. "Eu nunca dei declarações ou publiquei fotos minhas. Depois de toda a atenção da mídia, não posso imaginar que serei capaz de trabalhar como advogada. Sempre terei que viver com o prejulgamento, apesar de só agora estar perante uma corte", disse a brasileira.

Segundo a BBC, Paula disse à juíza que confessou ter inventado a história porque estava em estado de choque, "para que o assunto fosse encerrado o mais rápido possível" e para escapar também ao assédio da imprensa.
O caso
A acusada, jurista de formação, afirmou em fevereiro passado ter sido agredida na noite de 9 de fevereiro, na periferia de Zurique, por três neonazistas. Também disse que estava grávida e que havia sofrido um aborto depois da agressão, uma informação desmentida pelos exames ginecológicos.

O ventre da ré apresentava marcas feitas por um estilete que, segundo a acusação, foi obra da própria Paula.
O caso e as imagens provocaram grande comoção no Brasil.

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...