por Alexandre
Arruda perde advogados e promete não voltar de novo.
Nessa altura do campeonato, é difícil mudar alguma coisa. Eu revi a entrevista do ministro Marco Aurélio Mello e ele lembra que Arruda não está preso por ser governador, mas porque interferiu no inquérito, alterando provas, pressionando testemunhas.
Tantos que outros acusados disso estão no presídio, na Papuda.
O deputado, assessores de Arruda, diretores de empresas públicas estão no presídio. Arruda está em uma prisão especial, mas no limite, com 15 dias de prisão.
Parece que quer negociar a liberdade dele com o Supremo, mas não renuncia, porque perde tratamento especial e pode ir para o presídio também.
Arruda garante, dá a palavra de que não vai governar, mesmo mantendo o status de governador. O advogado ainda deu uma entrevista, reforçando que “é a palavra de Arruda”.
Palavra de Arruda já é conhecida: quando ele negou a violação do painel do Senado e quando reincidiu, negando que estivesse envolvido no chamado mensalão do DEM.
É bom lembrar também que o Legislativo de Brasília está envolvido até o pescoço.
Durval Barbosa, o da delação premiada, afirma que a aprovação do plano de ordenamento territorial de Brasília custou R$ 420 mil por voto. Houve 19 votos a favor em 24 deputados.
Eles fizeram tudo para atrapalhar as investigações, inclusive encerraram uma CPI.
Agora estão se apressando, porque está pairando a possibilidade de intervenção federal. Que eles temem, como temem também aqueles que tiveram contratos com o Distrito Federal e superfaturaram, duplicaram, triplicaram orçamentos para pagar por fora essa fortuna que alimentou o esquema. E não é pouca gente.
Se o governador quer mesmo negociar, poderia propor delação premiada. Seria um arraso que ia ajudar a purificar a alma de Brasília.
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