Por Alexandre Garcia:
Não dá para comparar bandido brasileiro com preso político em Cuba ou no Irã. Os criminosos aqui são tratados com menos severidade e com mais direitos.
O presidente Lula tem muita amizade com Fidel, com Ahmadinejad, com Chávez. Por isso, os presos políticos desses países esperam a interferência dele, mas Lula já disse que não se mete nesse assunto interno, salvo para defender o aprendiz de Chávez em Honduras ou para dizer que o preso político que morreu horas antes de ele chegar a Cuba morreu porque quis. Mas de um modo geral diz que ele não se mete.
A reação no Congresso foi imediata.
“Ou o presidente Lula se expressou mal ou ele não foi compreendido, porque é claro que ele compreende a diferença entre um preso político e um preso comum. Nós, inclusive, não aceitamos que alguém seja preso apenas porque é oposição ao governo, sem ter cometido um crime”, diz o deputado Maurício Rands (PT-PE), da Comissão de Relações Exteriores.
“Quem tem compromisso com os direitos humanos critica a situação dos presos no Brasil e denuncia a situação dos presos lá em Cuba. Quem não tem, usa a situação dos presos daqui para defender a tirania e os tiranos lá. Isso é oportunismo, isso é cinismo não é compromisso com os direitos humanos”, aponta o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), da Comissão de Relações Exteriores.
Quando o presidente Lula se referiu à morte de Orlando Zapatta, em Cuba, também deixou isso no ar. Ele também disse que deixou de fumar há 40 dias e deixou, ontem, uma nuvem de fumaça no ar. Ele já disse que é contra a greve de fome e que não se mete nas prisões políticas em Cuba.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, também comentou a declaração do presidente Lula. Disse que mais razoável seria se o governo brasileiro se preocupasse com as péssimas condições carcerárias a que os presos brasileiros estão submetidos.
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