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segunda-feira, novembro 07, 2011

Cinegrafista morto em favela é homenageado em Copacabana

Homenagem a Gelson Domingos, na Praia de Copacabana

Corpo de cinegrafista é velado no Rio




ONG Rio de Paz estendeu faixa na altura da Avenida Princesa Isabel.
Cinegrafista foi morto em operação, na Favela de Antares, na Zona Oeste.

O inegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos, morto durante uma operação no domingo (6), na Favela de Antares, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, foi homenageado no início da noite desta segunda-feira (7), na Praia de Copacabana, na Zona Sul. A ONG Rio de Paz estendeu uma faixa na areia, com a mensagem "O tiro que acertou o seu peito, atingiu os nossos olhos".

Homenagem a Gelson Domingos, na Praia de Copacabana (Foto: Tássia Thum/G1)

O ato foi realizado na altura da Avenida Princesa Isabel, em frente a uma cruz preta de cinco metros de altura que foi colocada em memória à engenheira Patrícia Amieiro, que está desaparecida desde junho de 2008. O cinegrafista da TV Bandeirantes foi atingido no peito por um tiro de fuzil. Durante a ação, ele usava um colete à prova de balas.


Em nota, o presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, expressou a sua solidariedade aos parentes do cinegrafista: "O tiro que acertou o seu peito, atingiu os nossos olhos. Através desses profissionais do jornalismo, podemos ver a injustiça, o crime e a violação de direito que permaneceriam ocultos, caso alguém não empunhasse corajosamente uma câmera, entrando em lugares onde poucos ousam pisar, a fim de nos ajudar a enxergar, sentir e agir", disse ele.

Imagens serão fundamentais, diz delegado


Mais cedo, o delegado titular da Divisão de Homicídios (DH), Felipe Ettore, disse que as imagens do tiroteio feitas pelo cinegrafista Gelson Domingos serão fundamentais para identificar o autor do crime.

"Acreditamos que elas (imagens) são muito importantes para a identificação do autor do disparo que matou o jornalista", disse o delegado, acrescentando que, por enquanto, não pretende ouvir outros jornalistas que estiveram no confronto.

O delegado disse ainda que não tem informações sobre os dois suspeitos presos nesta segunda-feira, por policiais do 27º BPM (Santa Cruz), no trajeto entre as favelas do Rola e de Antares. Um dos detidos, segundo policiais, seria parecido com o suspeito de ter atirado no cinegrafista. Eles foram detidos numa moto, com uma pistola e 400 papelotes de cocaína e levados para a 36ª DP (Santa Cruz).

Agentes da DH foram até lá para ver se conseguem fazer o reconhecimento deles com auxílio de fotografias.

Ao todo, já foram ouvidos no domingo, na DH, 16 policiais do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais que participaram da operação, o repórter que acompanhava o cinegrafista baleado, e os oito presos maiores de idade detidos em Antares.

Corpo de cinegrafista é velado no Rio

Enterro
O repórter Ernani Alves, que estava com Gelson Domigos quando ele foi baleado, falou sobre a morte do colega durante o velório nesta segunda.

“Nesse dia, a gente pegou às 4h para fazer a operação. Na verdade, a informação era que o Bope tinha entrado na favela e que o (Batalhão de) Choque fazia o cerco. Se presume que há uma certa segurança, mas claro que sempre há um risco”, disse Ernani.

"Como eu estava deitado no chão, não vi o momento em que ele foi atingido. Jamais queria ter feito essa reportagem. Jamais queria ter passado por isso. Não sei como vou continuar, mas é uma questão de honra. Só vou tirar meu descanso na hora em que o traficante que atirou no Gelson estiver preso e encaminhado pela promotoria para ser condenado”, afirmou.

Ernani afirmou que ele e Gelson eram grandes amigos e que trabalhavam diariamente juntos.

O corpo do cinegrafista foi enterrado por volta das 14h20 desta segunda no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária, com uma salva de palmas.

O coronel Frederico Caldas, coordenador de comunicação social Polícia Militar, também lamentou a morte do cinegrafista durante o velório. “O Gelson era muito querido pela corporação, tamanha a proximidade dele com a PM nas operações", afirmou.

Segundo o coronel, a operação em Antares foi planejada após informações do setor de inteligência do Batalhão de Choque. “Os PMs adotaram uma conduta de patrulha, de maneira técnica. Não podemos excluir que houve uma fatalidade mas nenhum policial ou morador foi ferido na operação. Os policiais arriscaram suas próprias vidas para socorrê-lo, mas infelizmente não foi possível”, disse ele.

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