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quinta-feira, janeiro 31, 2013

Elize responde perguntas de juiz sobre assassinato de Matsunaga

Assessoria do TJ diz que ré não respondeu questionamentos de promotor.
Nathalia Vila Real, amante do empresário, também foi ouvida nesta quarta.


A bacharel em direito Elize Matsunaga foi ouvida na tarde desta quarta-feira (30) pela Justiça no processo que responde pela morte do marido, o empresário Marcos Matsunaga, executivo da Yoki.
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Elize respondeu apenas a perguntas feitas pelo juiz Adilson Paukoski Simoni e chorou em alguns momentos. O interrogatório terminou depois das 16h e durou duas horas e vinte minutos.

Elize optou por se manter em silêncio quando foi questionada pelo promotor José Carlos Cosenzo e também pelo advogado assistente de acusação. O defensor de Elize, Luciano Santoro, não fez perguntas.

A ré confessa está presa preventivamente no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo. O crime foi cometido em 19 de maio de 2012 no apartamento onde o casal morava com a filha de um ano, na Zona Oeste da capital paulista.


Nathalia chegou para depor nesta quarta e não quis falar com a imprensa (Foto: Diogo Moreira/ Frame/ Estadão Conteúdo) 
Depoimento de Nathalia durou duas horas. Ela não
falou com a imprensa que aguardava no Fórum
(Foto: Diogo Moreira/ Frame/ Estadão Conteúdo)
 
Também nesta quarta-feira foi tomado o depoimento de Nathalia Vila Real Lima, amante de Marcos. Realizado no período da manhã, o interrogatório foi marcado pela divergência entre os advogados sobre a profissão da testemunha.

Anúncio em site

Os defensores de Elize afirmam que Nathalia trabalhava como garota de programa. Eles apresentaram fotos da amante de Marcos em um site de acompanhantes.


O advogado Roberto Parentoni, que representa Nathalia, diz que ela é modelo, não trabalhou como prostituta e tinha um relacionamento amoroso com o executivo da Yoki. Em seu primeiro depoimento, em junho de 2012, Nathalia chegou a afirmar para a Polícia Civil que trabalhava como acompanhante de executivos e que conheceu Marcos na internet. Depois, retificou a declaração.

Nathalia foi questionada pelo advogado de Elize, Luciano Santoro, sobre as supostas contradições em suas declarações. Santoro usou a reprodução do que ele afirma ser o anúncio de Nathalia no site MClass. Na época, ela utilizava o apelido "Lara", segundo o defensor.


Arte caso Elize Matsunaga (Foto: Arte G1)

Após a audiência, o advogado de Nathalia rebateu afirmando que a modelo chorou ao ser confrontada com o anúncio. "Ela chorou bastante, não só por relembrar tudo que ela passou, mas também pela forma que ela foi tratada pela defesa", disse.

Segundo ele, as fotos foram publicadas no site sem autorização. Ele disse ainda que, durante o interrogatório, a defesa tentou desqualificar sua cliente.

"A tentativa de prova foram fotos desse site (MClass), só que antes de apresentarem as fotos, nós já havíamos notificado o site para tirar", disse. "Elas foram colocadas sem a autorização da Nathalia", disse Roberto Parentoni. O advogado nega que ela tenha trabalhado como prostituta.

Para Parentoni, a defesa "deu um tiro no pé" ao tentar provar que Nathalia atuava como prostituta. "Em 22 anos de profissão, eu nunca vi isso", disse. "Infelizmente a gente  vê que a mulher às vezes é malvista, mal-interpretada por situações. Se é machismo, eu não sei", disse.

Em seu depoimento, de acordo com Parentoni, Nathalia confirmou que  estava com Marcos no dia anterior ao crime. Ela negou ter sido presenteada por Marcos com um carro e que somente recebeu apoio para blindar o veículo.

Para o advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, contratado pela família de Marcos, o depoimento de Nathalia foi importante para comprovar que empresário era um homem "extremamente afável, incapaz de encostar a mão em uma mulher".

Avaliações dos depoimentos


Ainda para D'Urso, que também acompanhou o depoimento de Elize, o crime foi premeditado. "Estou convencido que o crime foi premeditado, triplamente qualificado. Acho que as provas são suficientes para levá-la ao júri popular", disse.


O defensor de Elize, Luciano Santoro, disse que a acusada não respondeu às perguntas para não comprovar uma tese que não é verdadeira.

"Desde o primeiro dia a acusação formou uma tese de que o crime foi premeditado, que ela teria praticado o crime com crueldade. Isso não ocorreu", disse Santoro.

Ainda segundo Santoro, sua estratégia durante o depoimento de Nathalia foi tentar provar que ela era amante e teve um relacionamento com Marcos por durante três meses. Para ele, esse foi o período da crise conjugal que levou à reação passional de Elize durante uma discussão e ameaça. "Elize não matou por ciúmes, mas porque não aguentou o momento de pressão", disse.
Ele explicou que Elize chorou no depoimento nesta tarde ao responder sobre seu relacionamento com o empresário e depois ao falar de sua filha.

Assim como já havia dito pela manhã, o  promotor José Carlos Cosenzo reafirmou que Elize não teria conseguido fazer o esquartejamento sozinha e que o crime foi premeditado.
"Após a exumação, encerra-se o período de instrução do processo. Se a defesa não recorrer, o júri pode ser marcado ainda este ano", disse o promotor. Ainda não foi marcada data pela Justiça para a exumação do corpo.

Audiência de instrução

A etapa do processo realizada nesta quarta, chamada de audiência de instrução, servirá para o magistrado determinar nos próximos dias se há indícios suficientes para a acusada ser submetida a julgamento popular pelo crime.


Para a promotoria, Elize tem de ser condenada a 30 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe (vingança movida por dinheiro), utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel (esquartejamento).

Marcos tinha 41 anos quando foi morto. A filha do casal ainda não viu Elize desde que ela foi presa. Apesar de não ter perdido a guarda da criança, não pode ver a menina na cadeia. A Justiça concedeu aos avós paternos a guarda provisória.

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