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terça-feira, fevereiro 05, 2013

Aos 47 anos, engenheira abandona carreira e fará medicina na Unicamp

Angela Katayama fez um ano de cursinho, em Campinas, para se preparar.
Universidade divulgou lista de aprovados na 1ª chamada na segunda-feira.

Angela Katayama, aprovada para o curso de medicina da Unicamp  (Foto: Arquivo pessoal) 
Angela Katayama, aprovada para o curso de
medicina da Unicamp (Foto: Arquivo pessoal)
 
"Estava almoçando quando me ligaram. Fiquei chocada, não esperava". Foi assim que a engenheira eletricista Angela Katayama, de 47 anos, recebeu a notícia de que tinha sido aprovada no Vestibular 2013 da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para o curso de medicina. 

Para conseguir uma das 110 vagas oferecidas pela universidade, disputadas por 13.998 candidatos inscritos, Angela pediu demissão do emprego onde estava há quatro anos para se dedicar aos estudos.

Ela conta que fez curso preparatório durante um ano, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP). Além disso, adotou uma rotina com mais disciplina para revisar os conteúdos ensinados pelos professores, no mesmo dia das aulas. "Foi um período sabático, pois fiquei longe do celular, abria o e-mail de vez quando. Mas dava para conciliar o tempo com a família, não foi nada excepcional", explicou entre risos. Ela terminou a graduação em engenharia, também pela Unicamp, em 1988.

Os convocados na primeira chamada (veja lista aqui) devem fazer a matrícula nesta terça-feira (5) ou quarta-feira (6) na página na internet da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest).

A família

Ao elogiar o apoio do marido durante a preparação para as provas - o qual considera "um cara acima da média" - a estudante disse que a morte do pai foi o momento mais difícil na trajetória. "Foi no primeiro semestre [de 2012]. Mudou muito a minha rotina", resumiu a engenheira. O casal não tem filhos.

O bom humor, no entanto, é retomado quando descreve a reação da mãe, ao ser informada do resultado no vestibular. "Ela é oriental. Reagiu com emoção semelhante ao Sr. Spock", brincou em alusão ao personagem da série de filmes Jornada nas Estrelas. Sobre possíveis brincadeiras dos colegas veteranos de curso, prefere desconversar. "Por mim não tem trote, estou muito velha para estas coisas", disse aos risos.


Vontade de aprender

A engenheira lembrou que a vontade de cursar medicina surgiu durante um período de férias. Na sequência, optou por desligar-se da empresa onde trabalhava há quatro anos, para dedicar-se aos estudos. "Foi pelo desejo de aprender coisas novas. Eu estava buscando algo na área de saúde ou educação e tenho vontade de realizar trabalhos sociais. Além disso, estou com quase 50 [anos]... Existe mais campo de trabalho do que a própria engenharia", alegou Angela.


Vista aérea do campus de Campinas da Unicamp (Foto: Antoninho Perri/ Ascom/ Unicamp) 
Vista aérea do campus da Universidade Estadual
de Campinas (Foto: Antoninho Perri/ Unicamp)
 
O diferencial

Sem vislumbrar quais serão as próximas etapas da nova carreira, Angela pondera ao falar sobre qual foi o diferencial para conseguir aprovação no vestibular da Unicamp. Ela acredita que muitos candidatos são eliminados por causa da ansiedade. "Na década de 80 a gente fazia a prova como se fosse mais uma. Hoje, a impressão é de que virou um monstro... Vi muita gente sabendo mais do que eu, melhor preparado, e que não conseguiu chegar à segunda fase", relata.

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