Tráfico está presente nas imediações de 53% das escolas, dizem diretores.
Consumo de drogas dentro dos colégios ocorreu em 15% das instituições.
As informações, de 2011, foram compiladas pela QEdu, organização que reúne entidades e profissionais ligados à educação. De acordo com os dados, o DF também lidera em casos de consumo de drogas por alunos dentro das escolas – 15% dos diretores disseram ter havido registros nas instituições que dirigem. A média nacional foi de 7%.
Os números sobre o tráfico de drogas praticado por agentes internos (alunos ou funcionários) dentro das escolas no Distrito Federal também foi mais que o dobro do que no restante do país – 10% dos diretores apontaram a existência do problema em suas unidades, contra 4% na média nacional.
saiba mais
"O dado é real mas não necessariamente traduz a realidade", diz o
coordenador de Educação em Direitos Humanos da secretaria de Educação do
DF, Mauro Evangelista. Para ele, diretores e professores costumam ter
relações conflituosas com os alunos e, às vezes, superdimensionam esses
dados.Para combater as drogas nas escolas, a Secretaria de Educação diz realizar trabalhos de prevenção, como o treinamento de professores – neste ano, foram inscritos 1,7 mil docentes em cursos específicos na rede pública.
O trabalho é feito em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública, por meio da campanha Perímetro Escolar, realizada em um perímetro de cem metros das escolas. Com essas medidas, Evangelista não consegue explicar os dados de uso de entorpecentes nas imediações das escolas."Eu não vejo elementos que justifiquem esses índices do DF."
Em 2011, ano em que o levantamento foi feito, a Polícia Militar realizou 2.463 operações de combate à violência dentro e nos arredores de colégios. Entre as ações, foram postas as operações Varredura e Escola Livre, que utilizam detectores de metais e cães farejadores para evitar a entrada de armas e drogas nas escolas.
"Estamos tomando providências para que o número [de uso de drogas e casos de tráfico] não aumente ainda mais", disse o major Valtênio Antônio de Oliveira, subcomandante do Batalhão Escolar da PM.
O secretário de Justiça do DF, Alírio Neto, disse que parte do problema vem da falta de programas de enfrentamento às drogas em anos anteriores. “Não havia política pública de combate às drogas. De um ano para cá é que começou a ter. (...) Esse é um trabalho de médio e longo prazo. É preciso a participação de todos”, afirmou.
O secretário de Justiça do DF, Alírio Neto, disse que parte do problema vem da falta de programas de enfrentamento às drogas em anos anteriores. “Não havia política pública de combate às drogas. De um ano para cá é que começou a ter. (...) Esse é um trabalho de médio e longo prazo. É preciso a participação de todos”, afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário