Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

sábado, fevereiro 23, 2013

UM TRIBUTO AO ÍCONE DA CULTURA POPULAR DO BRASIL: GERALDO AMÂNCIO.



Geraldo Amâncio Pereira - Telurismo e crítica social no verso de um poeta do povo



























Geraldo Amâncio Pereira é o nome de um dos gênios da raça nordestina. 

Cantador, violeiro, repentista, improvisador, cordelista, rapsodo do povo.  

O verso do grande bardo se alteia diante das imensas plateias que o assistem embevecidas, tal o talento e o carisma de quem veio do sertão mais seco e mais sofrido para cantar com inspiração divina as angústias e sonhares da gente sertaneja. 

O poeta veio ao mundo no dia 29 de abril de 1946, em um lugar denominado Malhada da Areia, situado nos confins áridos do município de Cedro, no Ceará. 

Lá passou os tempos áureos da infância, adolescência e juventude junto aos pais e aos avós maternos e paternos. Ali não havia escolas. 

Estudar era coisa de gente rica que mandava os filhos para os centros urbanos desenvolvidos. 
E o poeta, antes de aprender o ofício de cantar, experimentou o cabo da enxada.
 

Tendo recebido dom de Deus, aprendeu muito bem a lição da roça e da terra crestada pelo sol escaldante que desce o ano todo sobre nossos pagos tropicais. 

E, sobretudo, introjetou na mente toda uma mundivivência dos sertões castigados pela inclemência das estiagens, hoje explicitada no telurismo do seu verso, a um tempo carregado de lirismo e de crítica social. 

O poeta, autodidata, depois fez estudos sistematizados e chegou a passar no exame vestibular para cursar História na Universidade Estadual do Ceará. Desistiu. 

O espírito irrequieto dele não o deixou engessar-­­­se no leito de Procusto da metodologia que de certa forma disciplina ao extremo e acorrenta as liberdades do pensar.
   

Sobre o ato criativo, Geraldo Amâncio não titubeia: “A minha grande inspiração é o povo. 
É com ele que me preocupo e é para ele que canto. Os temas universais e eternos estão presentes em minha poesia: o social, a natureza, o amor. O sertão e o meu torrão natal dão substância maior ao meu verso”. 

Neste mister de criar pérolas da poética popular, o vate cantador observa que cabe ao artista levar ao povo o amor, a arte, a poesia. 

Por isso entende que a formação educacional e a conscientização cultural voltada para os valores autóctones de um povo, são importantes, imprescindíveis mesmo. 
O poeta apresenta, semanalmente, na TV Diário, de Fortaleza, o Programa “De Repente Cantoria”. 

Geraldo Amâncio foi protagonista de grandes embates poéticos em festivais para os quais foi convidado a participar em vários países do mundo, tanto nas Américas (Paraguai, Uruguai, México, Cuba, Estados Unidos)  quanto na Europa: Espanha (X Mostra Internacional de Improvisadores de Maiorca); Portugal (ministrou curso sobre poesia popular na Universidade de Coimbra, para alunos de Portugal, Espanha, Irlanda do Norte, Inglaterra e Alemanha).
 

O poeta já se apresentou para reis, rainhas, presidentes da República e altas autoridades da Política, da Religião e das Artes.

Entre aqueles que tiveram a honra de ouvi-­­­lo inscreve-­­­se Oscar Niemeyer, poeta do traço arquitetônico, um dos mais respeitados em todo o mundo. 
Ao cantar para o homem que deu alma à Capital do Brasil, o poeta improvisou:
 
Niemeyer não é Deus,
Mas seu trabalho é fecundo,
Eu admiro o primeiro,
E tenho fé no segundo:
Um construtor de Brasília,
Outro construtor do mundo.  




Amigo Geraldo, depois de ter tido acesso ao seu perfil, e ter comprovado através de seu currículo artístico e cultural que eu estava diante  de um dos maiores artistas populares do Brasil, tendo dedicado parte da sua vida ao domínio da arte da Literatura de Cordel, como também na sua veia artística dominas a arte da viola, como um dos renomados violeiros do nosso país, resolvi prestar-lhe essa singela homenagem, transcrevendo o texto acima que já encontrei pronto em um dos sites da internet, que de forma bastante clara e explícita, nos define o grande ícone que você é, de uma cultura milenar, que conseguiu superar todas as evoluções e tendências dos segmentos artísticos e literários do Brasil, que é a Literatura de Cordel, aliada a arte do Repente, ao som melodioso de uma indispensável viola.

Parabéns pelo seu talento reconhecido a nível nacional e até mesmo mundial, o que nos faz sentir honrados como brasileiros que somos, por termos esse grande privilégio, de tê-lo como um dos “monstros sagrado” da poesia popular em forma de cordel, embalada pela trilha sonora do repique da viola, que através dos seus dedos com certeza, só falta fazê-la falar. 

Abraços. Valter Desiderio Barreto – Jornalista e escritor.

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...