Mulher suspeita de negociar a criança com um casal é de São Paulo.
Envolvidos devem responder em liberdade por compra e venda de menor.
O bebê de um ano e dois meses que seria vendido pela própria mãe a um casal, em Porto Alegre, foi entregue à avó materna na manhã desta quarta-feira (24) pelo Conselho Tutelar.
A mulher suspeita de negociar a criança, natural de Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, e o casal gaúcho que faria a compra, foram detidos pela polícia na segunda-feira (22) em um restaurante, após denúncia de um cliente que ouviu a conversa em outra mesa, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV (veja o vídeo).
A avó do bebê saiu de Mogi das Cruzes para Porto Alegre.
Ela esteve no Conselho Tutelar pela manhã acompanhada de um advogado.
Depois, prestou depoimento na Delegacia da Criança e do Adolescente e se disse surpresa ao saber que o neto seria negociado. "Não sabia.
Ela me ligou do aeroporto, e disse que estava levando o filho para conhecer uma família.
Depois disse que estava no avião, e o sinal caiu", relatou Elsa de Oliveira.
Mãe da criança chegou a ser presa, mas foi liberada para
responder processo (Foto: Reprodução/RBS TV)
responder processo (Foto: Reprodução/RBS TV)
O Conselho Tutelar levanta a possibilidade de esta não ser a primeira vez que a mulher negocia um filho.
Um caso no Rio de Janeiro, há seis anos, é investigado.
"Essa é uma informação que passamos para nossos colegas de lá, para que informem também a polícia de São Paulo, porque a situação é grave", salientou o conselheiro Cristiano Aristimunha.
Ainda conforme o conselheiro, um pedido será feito a autoridades para que investiguem um possível caso de adoção ilegal no país.
"E a gente tem recebido denúncias de que Porto Alegre estaria em uma rota de adoção ilegal no país, então pretendemos informar a Secretaria Nacional de Direitos
Humanos, a Polícia Federal, para que investiguem se isso realmente está ocorrendo", completou.
O casal e a mulher devem responder em liberdade por compra e venda de menor.
A pena é de um a quatro anos de prisão, além de multa.
O processo aguarda distribuição.
Na terça-feira (23), o juiz Felipe Keunecke Oliveira, responsável pelo caso, homologou o flagrante e concedeu liberdade provisória aos suspeitos.
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