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segunda-feira, abril 22, 2013

Foto achada na casa de Bola pode indicar mais crimes do ex-policial

Ele será julgado a partir desta segunda (22) pela morte de Eliza Samudio.
Segundo delegado, corpos de dois homens sumiram misteriosamente.



O acusado de ser o executor de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, pode ter ligação com outros assassinatos, como indicam fotos encontradas na casa dele. 

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, 50 anos, começa a ser julgado nesta segunda-feira (22), em Contagem (MG). 

Um dos indícios da ligação com outros crimes foi encontrado na casa dele, em Vespasiano, durante as investigações do caso Eliza Samudio: uma foto em que dois homens aparecem com cruzes marcadas na testa.

Neste domingo (21), o Fantástico mostrou detalhes de outros crimes que, segundo a promotoria, foram cometidos por Bola e que confirmam o perfil violento dele. 


Segundo a acusação, Bola é um matador de aluguel, frio e calculista que guardava até foto das vítimas. "Tudo o que você pensar em termos de maldade que se pode fazer com um ser humano, ele é capaz", afirma José Arteiro, advogado da família de Eliza Samudio.

Imagem da foto encontrada na casa de bola, em Vespasiano (MG) (Foto: Reprodução/TV Globo)Imagem da foto encontrada na casa de bola, em Vespasiano (MG) (Foto: Reprodução/TV Globo)
 
 
O ex-policial está preso desde julho de 2010 pelo assassinato e ocultação do cadáver de Eliza, com quem o goleiro Bruno teve um filho. Ela exigia reconhecimento de paternidade e pagamento de pensão.

Investigações mostram que o réu é acusado de fazer parte de um grupo de extermínio. "Bola é uma pessoa muito perigosa, que tem um grau de relacionamento dentro da polícia. 

Devia, de certa forma, facilitar as ações dele", disse a promotora de Justiça Mirella Giovanetti.

Cronologia caso Eliza Samudio (Foto: Arte/ G1)


De acordo com o Ministério Público, em 2008, ele e três policiais do Grupo de Resposta Especial (GRE) da Polícia Civil de Minas mataram dois homens: Paulo César Ferreira e Marildo Dias de Moura tinham antecedentes criminais.

As investigações mostram que o duplo assassinato foi no sítio onde Bola treinava policiais, em Esmeraldas, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Hoje, não há mais cursos no local.

Segundo a acusação, as vítimas foram algemadas, torturadas e mortas. Depois, o grupo teria cortado os corpos e colocado fogo. Uma nova prova desse crime foi encontrada na casa de Marcos Aparecido, o Bola, durante as investigações do caso Eliza Samudio.

Na casa em Vespasiano, os policiais acharam um papel amassado. Na verdade, era a cópia de uma foto em que aparecem seis homens. 

Na imagem, dois deles estão marcados com cruzes na cabeça. Segundo as investigações, eles são Paulo César e Marildo, os mortos em Esmeraldas. Os corpos nunca foram encontrados.

"Os cachorros de Bola teriam violentado essas pessoas ainda em vida e depois esses corpos sumiram misteriosamente. 

Então, tem uma dinâmica similar, parecida à dinâmica da morte de Eliza", destaca o chefe do Departamento de Homicídios, Wagner Pinto Souza.

Em julho de 2009, em Belo Horizonte, Bola foi visto praticando um outro assassinato. Desta vez, a vítima era Devanir Alves, um motorista particular de 54 anos. 

Segundo uma testemunha, Marcos Aparecido cumprimentou a vítima e, assim que se certificou do nome da pessoa, atirou três vezes. 

O homem caiu morto quase na porta de casa e na frente da filha, que na época tinha três anos.

O Fantástico localizou uma parente de Devanir, que não quis se identificar. "Acabou com a vida da família toda. Não precisava fazer isso", disse a parente.

As investigações mostram que Bola foi contratado pelo comerciante Antônio Bicalho. A então mulher de Antônio teria um romance com a vítima.

"Ela fala, jura, que nunca teve nada com esse tal Devanir", diz Antonio Bicalho. Ele afirma que é inocente, vítima de uma armação. "Eu não conheço o Bola. Nunca vi o Bola não", acrescenta.

Segundo o Ministério Público, por causa da fama de matador, Bola foi contratado por R$ 70 mil para executar Eliza e sumir com o corpo dela.

O julgamento


Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão - braço direito de Bruno - já foi condenado nesse caso a 15 anos de cadeia. 


O goleiro pegou pena maior, de 22 anos e três meses em regime inicialmente fechado.

Durante o júri, marcado para começar nesta segunda-feira (22), a defesa vai alegar inocência. "Vamos provar a fraude nesse processo, fraudes graves. 

Marcos Aparecido está sendo escolhido pra ser réu", disse o advogado Fernando Magalhães. No caso da ex-amante de Bruno, Bola pode ser condenado a 33 anos de cadeia.

A tese de inocência é sustentada também para os outros três assassinatos mostrados na reportagem. "Marcos Aparecido nos diz, nos olhos, olhando, e sentindo, tanto no tom da voz, o seu sofrimento: 'sou inocente de todas as acusações"', afirmou o defensor.

O advogado da família de Eliza, assistente de acusação, adiantou o que vai dizer ao ex-policial, durante o julgamento. "Você é um sujeito que tem que permanecer preso. Você não é gente", disse José Arteiro.

Em juízo, Bola já havia dito que é inocente. "Essa acusação que tá sendo contra o senhor não é verdadeira?", perguntou a juíza Mariza Fabiane Lopes, durante audiência do caso. "Sim. Não é, não é verdadeira", respondeu à época. 

A magistrada vai presidir o júri. A previsão é que o julgamento dure três dias, de acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Condenações

Quatro réus no caso já foram julgados, três deles condenados e uma absolvida. O Goleiro Bruno Fernandes foi condenado em março pelo júri popular a 22 anos e três meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza e também pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. 


Dayanne Rodrigues, ex-mulher do jogador, foi absolvida.

Em novembro do ano passado, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, também foram condenados por participação nas ações que resultaram na morte da ex-amante do jogador. 

Macarrão pegou 15 anos de prisão - pena mínima por homicídio qualificado em razão de sua confissão -, e Fernanda, cinco anos.

Além de Bola, outros dois réus ainda vão ser julgados, Wemerson Marques de Souza, conhecido como Coxinha, e Elenílson Vitor da Silva. 

O júri dos dois está marcado para 15 de maio deste ano, também em Contagem (MG).

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