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sábado, julho 27, 2013

Manifestações e queda de popularidade do governo Dilma fazem PT cancelar eventos


Partido reduz número de encontros para comemorar 10 anos da legenda na Presidência; Lindbergh interrompe caravana no Rio

Ex-presidente Lula discursa em último evento de comemoração dos 10 anos de PT no governo
Foto: Agência BApress / Ulisses Dumas

Ex-presidente Lula discursa em último evento de comemoração dos 10 anos de PT no governo Agência BApress / Ulisses Dumas 

 
RIO — A onda de protestos pelo país e a queda de popularidade do governo Dilma Rousseff, apontada pela última pesquisa CNI/Ibope, cancelaram eventos do PT. 

Dos dez encontros programados, com a presença da presidente e do antecessor Luiz Inácio Lula da Silva para comemorar 10 anos do partido na Presidência, a legenda fará apenas seis. 

Além disso, as caravanas do senador Lindbergh Farias, pré-candidato ao governo do Rio em 2014, sofreram um recuo estratégico e só deverão voltar ao ritmo normal em outubro, após análise dos efeitos causados pelas manifestações.

Principal entusiasta de um terceiro mandato do ex-presidente Lula, cuja proposta chegou a defender publicamente em plenário, o deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP) criticou a postura do partido.

— Nossa origem é da base e nós nos distanciamos da base. 

O PT não deve apenas se preocupar com a conjuntura internacional, com o PIB (Produto Interno Bruto). 

Tem que se preocupar com a base eleitoral — afirmou o parlamentar, amigo do ex-presidente há pelo menos 40 anos.



Segundo o parlamentar, as manifestações provocaram perplexidade dentro do PT e também em outros partidos:
— Estamos todos perplexos. 

É o momento de refletir e analisar os prejuízos. 

Mas isso não é apenas com o PT. 

É também com o PMDB do Rio, o PSDB de São Paulo e até o PSB de Pernambuco, do governador Eduardo Campos (pré-candidato à Presidência). 

Há uma perplexidade geral. Os protestos nos pegaram de surpresa.

O sexto e último evento do PT em comemoração aos 10 anos no governo ocorreu na última quarta-feira, num hotel em Salvador. 

A previsão da legenda era de que, em 2013, fossem realizados mais quatro encontros deste tipo. 

Nos discursos, Dilma e Lula insistiram na necessidade de promover mudanças o mais rápido possível. 

Eles destacaram a implantação do financiamento público de campanhas como forma de atender a voz das ruas e combater a corrupção. 

Do lado de fora, houve protestos e o trânsito na região ficou interrompido por cinco horas.

O líder do PT na Câmara, deputado federal José Guimarães, afirmou que a prioridade da legenda no segundo semestre será fazer com que a presidente Dilma consiga cumprir os cinco pactos anunciados durante os protestos de junho. 

Os compromissos são responsabilidade fiscal e reforma política, além de melhorias nas áreas de saúde, transporte e educação.

— O segundo semestre para nós da bancada será fundamental, decisivo. 

É o momento de consolidar as medidas que o governo está tomando para melhorar os serviços públicos. 

Estamos afinando nossa viola para consolidar as nossas ações — disse Guimarães.

Procurado pelo GLOBO, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, não quis dar entrevista. 

O argumento da executiva do partido, no entanto, é de que todas as forças estão concentradas apenas na aprovação da reforma política. 

Além disso, pré-candidatos da legenda aos governos estaduais estão aproveitando para recompor as alianças partidárias de olho nas eleições do ano que vem. 

O PT confirmou a realização do Processo de Eleição Direta (PED) que vai escolher o novo presidente da sigla para 10 de novembro.

Em março, a avaliação do governo Dilma foi de 63% de "bom/ótimo".

Quatro meses depois, o índice caiu para 31%. 

No mesmo período, os que acham "ruim/péssimo" pulou de 7% para 31%. 

Setores do PT têm defendido o nome de Lula na disputa pelo Palácio do Planalto em 2014. 

O ex-presidente, porém, já descartou a possibilidade e defendeu a reeleição de Dilma.
Lindbergh interrompe caravanas no Rio
No Rio, Lindbergh mudou o rumo da pré-campanha. 

O senador interrompeu temporariamente as caravanas. 

A última realizada por ele foi em 6 de junho, em Campo Grande, na Zona Oeste. 

No projeto, o parlamentar percorreria os municípios do estado para ouvir as reivindicações de moradores. 

Desde o inicio dos protestos, Lindbergh também saiu de cena para evitar desgastes.

— Vamos esperar a poeira baixar. Queremos saber quais são os efeitos dos protestos. 

A avaliação do governo Dilma não é definitiva. 

Representa apenas o momento atual — afirmou o presidente estadual do PT do Rio, Jorge Florêncio.

Lindbergh, por sua vez, diz que fará apenas uma caravana em agosto, em Volta Redonda e Barra Mansa, no Vale do Paraíba. 

O senador admite a redução do ritmo.

— É hora das filiações partidárias e da montagem das nominatas para as eleições de 2014. 

É hora das conversas nos bastidores, de montar o nosso time — ressaltou o pré-candidato do PT.

Lindbergh é ex-aliado do governador Sérgio Cabral (PMDB), principal alvo dos protestos no Rio. 

Para petistas ouvidos pelo GLOBO, a intenção é convencer Dilma a se descolar de Cabral, o pior dos 11 governadores avaliados pela pesquisa CNI/Ibope, com apenas 12% de "ótimo/bom". 

Cabral apoia o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) à sucessão estadual.

— Dilma viu que, se ficar do lado de Cabral, vai afundar junto com ele. 

E é aí que o Lindbergh ganha força — analisou um petista.

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