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sábado, setembro 21, 2013

BBom desvia R$ 8,6 mi para empresa 'laranja' e valor é bloqueado, diz MPF

Empresa, suspeita de pirâmide financeira, tentou frustrar bloqueio de bens.
MPF descobriu transferência e Justiça decretou congelamento do valor.

 

Do G1 GO
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BBom diz que vai recorrer e afirma que rastreadores são homologados (Foto: Divulgação) 
Rastreadores da BBom (Foto: Divulgação)
 
 
Investigada por suspeita de pirâmide financeira, a empresa BBom foi alvo de uma nova medida judicial. 

De acordo o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), a companhia tentou desviar dinheiro para outra companhia “laranja”, mas a ação foi impedida por uma liminar da Justiça.

O esquema, segundo o MPF, teria sido idealizado e executado pela diretoria administrativa da Embrasystem, detentora do nome fantasia BBom. 

A empresa “laranja” foi batizada como Webcard Administradora de Cartões Ltda e transferiu R$ 8,6 milhões para outra companhia, lícita, que emitiria e administraria os pré-pagos “Cartões BBom”. 

Estes seriam destinados a associados do grupo para o recebimento de rendimentos obtidos com a adesão de novos integrantes.

Ao descobrir a transferência, o MPF entrou com um pedido de liminar para que o dinheiro fosse bloqueado. 

O juiz federal Juliano Taveira Bernardes aceitou a medida no último dia 10. 

Com isso, os R$ 8,6 milhões foram depositados em uma conta judicial e somam-se aos outros bens da empresa que estão congelados.

O G1 entrou em contato com a assesoria de imprensa da BBom, mas não obteve parecer sobre a nova denúncia do MPF até a publicação desta reportagem.

Essa é a segunda vez que a BBom é acusada de usar um “laranja” para tentar movimentar os bens. 

Em julho passado a empresa tentou sacar cerca de R$ 2,5 milhões, segundo o MPF

De acordo com o órgão, o valor foi transferido para a conta bancária de Cristina Dutra Bispo, esposa do diretor de marketing da companhia, Ednaldo Alves Bispo. 

No entanto, uma ação judicial impediu o saque.

Na ocasião, a BBom explicou ao G1 que o executivo Ednaldo Alves Bispo e sua esposa trabalham para a empresa e “têm remuneração definida sob a forma de contrato de prestação de serviços, com firma reconhecida desde o início das atividades”. 

Em relação ao valor depositado na conta da mulher, a empresa garante que o dinheiro “pertence ao casal, que possui conta corrente conjunta”.

Bloqueio de bens

O MPF também informou que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) negou, no último dia 29 de agosto, um pedido de liminar feito pela BBom para suspender o bloqueio de bens, decretado em julho passado, envolvendo R$ 300 milhões e veículos de luxo.


A BBom é investigada por uma força-tarefa, que realiza uma varredura em todo o país contra a prática de pirâmide financeira, que é ilegal. 

Em Goiás, os Ministérios Público Federal e Estadual suspeitam que a companhia não tenha todos os rastreadores oferecidos aos associados.

Na investigação, os procuradores da República Helio Telho e Mariane Guimarães pediram a condenação do grupo por formação de pirâmide financeira e captação irregular de poupança popular


Além disso, quer a dissolução jurídica da empresa e a reparação de danos causados aos consumidores, com futuras indenizações.

Site da BBom  (Foto: Reprodução/Internet) 
Site da BBom (Foto: Reprodução/Internet)
 
 
Os pedidos de bloqueio de bens e suspensão das atividades foram acatados pela juíza federal substituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller, no dia 10 de julho. 

Desde então, estão bloqueados R$ 300 milhões em contas bancárias do grupo, além de cerca de 100 veículos, incluindo motos e carros de luxo como Ferrari e Lamborghinis.

Em uma segunda liminar, no dia 17 de julho, a juíza determinou a "imediata suspensão" das atividades desenvolvidas pela BBom, e proíbe o cadastro de novos associados bem como a captação de recursos financeiros junto aos associados que já integram a rede.


No último dia 28, a Embrasystem foi alvo de outra medida judicial. 

Desta vez, o pedido da Procuradoria da República foi aceito pela Justiça Federal de São Paulo, que determinou o sequestro de 49 veículos, entre eles 26 carros de luxo, e o bloqueio de R$ 479 milhões em contas bancárias de dirigentes

A decisão foi do juiz Marcelo Costenaro Cavali, da 6ª Vara Criminal Federal paulista, que destacou que os agentes da Polícia Federal estavam com dificuldade para recolher os veículos.

Pirâmide

Segundo a Justiça, os integrantes da BBom são remunerados pela indicação de novos participantes no negócio, sem levar em consideração a quantia gerada pela venda dos produtos. 


Isso caracteriza o esquema de pirâmide financeira.

Os interessados se associavam mediante o pagamento de uma taxa de cadastro, no valor de R$ 60, mais uma taxa de adesão, que variava de R$ 600 a R$ 3 mil, de acordo com o plano escolhido. 


Depois disso, a pessoa era obrigada a atrair novos associados e pagar uma taxa mensal no valor de R$ 79,90, pelo prazo de 36 meses. 

Quanto maior o número de novos integrantes, maior seria a premiação ou bonificação que seria oferecida pela empresa.

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