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quarta-feira, novembro 13, 2013

'Está um inferno para essas pessoas', relata Márcio Gomes sobre Filipinas

O enviado especial da Rede Globo às Filipinas descreveu a situação em Tacloban, após a passagem de um tufão. 

Ainda há corpos nas ruas. 

 

O correspondente Márcio Gomes, enviado especial da Rede Globo às Filipinas, descreveu a situação em Tacloban, na manhã desta quinta-feira (14), após passagem do tufão Haiyan:

"Segundo as Nações Unidas, 11 milhões de pessoas passam por necessidades básicas neste momento no país. 

Saber desse número é desesperador, porque significa saber que o que nós vemos em Tacloban se repete pelo país.

Em Tacloban, falta tudo. 

Água, comida, inclusive para nós jornalistas. 

Nesta quarta-feira (13), por exemplo, a polícia começou a distribuir água e biscoitos de chocolate para a população, só que foi um tumulto tão grande, tão desesperador, que os policiais começaram a jogar essa comida para a própria segurança deles. 

Por sorte, eu consegui pegar duas garrafas d’água, dois pacotes de biscoito, que dividi com o meu cinegrafista Luciano Tsuda. 

Foi a nossa refeição do dia.

Especialmente para crianças, idosos e doentes, a situação é desesperadora e não há outra palavra para definir, eu peço desculpas, mas isso aqui está um inferno para essas pessoas. 

Falta energia elétrica, o que torna a questão da segurança um item muito importante.

Nesta terça, à luz do dia, nós vimos saques acontecendo. 

Era um saque num posto de gasolina. 

Eram 250 pessoas avançando nesse posto de gasolina, abrindo os tanques de combustível no subsolo e, com varetas de bambu, na ponta havia garrafas pet cortadas, eles tentavam pescar o combustível que encontravam para os seus geradores, para os seus automóveis, para as suas motos.

Ainda há muitos corpos espalhados pela rua também. 

O cheiro é muito forte. Por isso, se fala em enterros em massa, mas não conseguem precisar uma data. 

Claro que não. 

Os corpos ainda estão depositados nas ruas, eles não foram recolhidos.

A questão da segurança nos força a permanecer no aeroporto a noite inteira, montar uma base no aeroporto. 

No primeiro dia, o cinegrafista Luciano Tsuda dormiu numa espécie de carrinho de bagagem e eu dormi num armário de metal ao lado que está tombado. 

Claro que a gente não dormiu. 

Esta noite foi um pouco melhor.
Nós conseguimos dormir perto da torre de controle do aeroporto de Tacloban. 

Era um local coberto, ótimo, mas dormimos no chão, mas definitivamente não podemos reclamar de nada aqui. 

Para nós, a situação é passageira, vamos embora daqui a pouco. 

Para as pessoas que moram aqui, não tem fim tão cedo".

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