Em 2009, a Lolita virou símbolo oficial do Japão. Pessoas ficaram curiosas pelas ruas de São Paulo. E grupo de brasileiras realizou grande encontro de lolitas, com direito a passeio de limousine.
“Fofa em japonês é Kawaii”, explica a professora de japonês Akemi Matsuda.
A “fofa” em questão é a professora, ou melhor Lolita Akemi Matsuda.
Nascida no Japão, há mais de dez anos no Brasil, ela é embaixadora Kawaii por aqui.
“Tem uma associação das lolitas no Japão e a nossa presidente, inclusive, me deu esta honra de representar o Brasil como fofura”, explica Akemi Matsuda, professora de japonês.
Associação de Lolitas? Ah tá, ela está falando da Lolita, a personagem famosa do romance de Vladimir Nabokov. Mas peraí, aquela Lolita não tem nada a ver com a Lolita mostrada pela Akemi Matsuda.
“Aquela Lolita do livro é um símbolo sexual, essa daqui é uma moda Lolita”, conta Akemi Matsuda.
A coisa é tão séria no Japão, que em 2009, a Lolita virou símbolo oficial do país.
O governo de lá escolheu a enfermeira Missako Aoki, como embaixadora Kawaii do Japão para o mundo.
Fantástico: No dia a dia você não anda pela rua assim?
Akemi Matsuda: Eu ando.
Fantástico: Anda, como uma roupa de Lolita
Akemi Matsuda: Sim.
E ao sair pelas ruas vestida como Lolita, Akemi ouve elogios: “Ah, ela é maravilhosa, tá muito bem. Tá bonita”, diz uma mulher.
Ao passear, Akemi senta em um banco de praça e é abordada por um senhor curioso. “Você se pintou assim pra ficar parecendo uma boneca?”, pergunta. E Akemi responde: Sim, eu queria ser boneca.
E o simpático senhor canta uma canção para a Lolita brasileira: “Boneca de trapo, pedaço de tento...”, canta.
Ao passar por um supermercado, Akemi é questionada por uma mulher:
Mulher: Por que você está vestida assim?
Akemi: Estou realizando o meu sonho de muito tempo e hoje eu sou uma boneca.
Mulher: Parabéns, conseguiu.
Fantástico: Mas você não usaria uma roupa dessas pela rua não, né?
Mulher: Ah, sairia.
Algumas estudantes no centro de São Paulo, apesar de acharem a roupa bonitinha, revelam que não usariam esse tipo de roupa.
Fantástico: Vocês sabiam da Lolita?
Denise Ueda, estudante: Já, acho muito bonitinho,
eu queria ser.
Essa semana aconteceu em São Paulo o grande encontro de lolitas. Sim, existem outras lolitas brasileiras. Pra começar, um chazinho. Depois do chá, um passeio de limousine pela cidade, “cheio de fofura”.
Fantástico: Como é que virar Lolita?
Lolita brasileira: Eu achava que aquilo era superfeminino, super lindo.
Eu queria ser uma boneca também.
Uma das outras lolitas do passeio revela, durante o passeio, que estava se vestindo como Lolita pela primeira vez: “Esta daqui é a primeira vez”, conta.
Para elas, o conto de fadas nunca acaba.
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