Marília foi assassinada pelo chefe em 2013; eles tinham um relacionamento.
O réu confessou o crime e ainda pode recorrer da decisão.
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O piloto e empresário italiano Claudio Grigoletto, acusado de matar a mineira Marilia Rodrigues, de 29 anos, foi condenado nesta quinta-feira (17) à prisão perpétua.
O crime ocorreu no dia 29 de agosto de 2013 em Gambara, na Itália.
A uberlandense estava grávida de quase cinco meses e o filho era do acusado, que era chefe dela.
Segundo informações divulgadas pelo site da Agência Italiana de Notícias (ANSA), a sentença foi dada em primeira instância por um tribunal de Brescia, no norte do país, após cinco horas de audiência e mais quatro de deliberação dos juízes.
Segundo informações divulgadas pelo site da Agência Italiana de Notícias (ANSA), a sentença foi dada em primeira instância por um tribunal de Brescia, no norte do país, após cinco horas de audiência e mais quatro de deliberação dos juízes.
Mas o réu ainda pode recorrer da decisão.
A jovem apresentava ferimentos na nuca e no rosto.
No local ainda havia forte cheiro de gás.
Na última segunda-feira (14) a mãe de Marilia, Natália Maria da Silva, viajou para a Itália para acompanhar a sentença.
A reportagem do G1 entrou em contato com ela para saber mais sobre a condenação, e aguarda retorno.
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Em conversas anteriores com a reportagem, Natália Silva disse que nada traria a filha de volta, mas que não abria mão da Justiça.
Ela também acrescentou a importância da divulgação do fato para que outras tragédias semelhantes não aconteçam. “É uma situação triste e que dói muito ao ser relembrada.
Minha filha era uma pessoa honesta, batalhadora e que saiu de casa para trabalhar e estudar e teve um triste fim”, disse.
Ainda segundo o site, Marilia era amante do acusado.
Em matéria publicada pelo G1 em setembro do ano passado, a mãe da mineira disse que sabia do relacionamento da filha com o chefe dela e que eles estavam juntos.
Na época, Natália da Silva contou que o homem não dizia que estava casado, pelo contrário, afirmava para a jovem que estava separado.
Prisão do acusado
No mês passado, a ANSA divulgou parte do depoimento de Grigoletto sobre a morte da mineira.
"Marília tinha uma tesoura nas mãos e tentou me atingir na garganta, então eu a peguei por um braço e a derrubei.
Ela se chocou contra o batente da porta e começou a perder sangue da cabeça.
Suas pernas tremiam, então eu coloquei as mãos no seu pescoço e o apertei", contou.
Segundo a ANSA, no depoimento Grigoletto disse: "Eu não queria acreditar naquilo que tinha feito, mas eu tinha consciência de tê-la matado.
Quando percebi que estava morta, abri o gás da caldeira do escritório.
Espalhei amônia e ácido clorídrico pelo corpo, depois peguei alguns jornais e tentei colocar fogo sobre ele", acrescentou.
Ainda no site constava que o italiano disse também que, antes de cometer o crime, pensou várias vezes em se matar por conta das dificuldades econômicas que enfrentava e porque estava cada vez mais difícil esconder o caso com a brasileira da sua esposa, com quem tem duas crianças.
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