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terça-feira, outubro 21, 2014

BBC 21/10/2014 17h51 - Atualizado em 21/10/2014 17h51 Pedófilo é condenado após armadilha com menina virtual de dez anos


Australiano é primeiro caso de condenação devido a programa com falsas crianças online, conduzido por ONG holandesa.


Operadores se passavam por meninas filipinas para atrair criminosos (Foto: BBC)
Operadores se passavam por meninas filipinas para atrair criminosos (Foto: BBC)

Um australiano se tornou nesta terça-feira (21) o primeiro homem condenado por pedofilia como resultado de uma operação que usou uma armadilha virtual, na qual um funcionário de uma organização de caridade fingiu ser uma menina de dez anos das Filipinas.

Scott Robert Hansen, o australiano acusado, é um criminoso sexual já registrado na polícia. 

Ele admitiu culpa por três crimes durante uma audiência no Tribunal Distrital de Brisbane, no leste do país.

Hansen admitiu o envio de fotos obscenas dele para a menina virtual, chamada Sweetie (“docinho”, em tradução livre do inglês) e posse de imagens de abuso sexual infantil em seu computador. 

Por fim, ele reconheceu ter desobedecido as ordens estabelecidas pelas autoridades para criminosos sexuais como ele.

O australiano foi condenado a dois anos de prisão com suspensão dos efeitos da sentença – ou seja, ele só deverá ir para a cadeia se cometer algum crime mo período de condenação.

Além de Hansen, também foram divulgados dados de mil homens que entraram em contato com a criança falsa. 

Os detalhes deles foram enviados para polícias de 71 países.

Estes homens tinham oferecido dinheiro a Sweetie para que ela realizasse atos sexuais em frente a uma webcam.

Dialógos:

A BBC News obteve os registros das conversas entre Hansen e Sweetie. As respostas eram dadas por uma pessoa fingindo ser a menina.

Nas conversas, Hansen perguntou se Sweetie era realmente uma criança e se já tinha visto um homem nu.
O australiano chegou a realizar um ato sexual em frente à webcam de seu computador acreditando que uma menina de nove anos estava assistindo.

A Justiça australiana afirmou que o fato de Sweetie não ser real é irrelevante para a condenação de Hansen, já que "se você acredita que era uma menina de nove anos, então a lei" precisa ser cumprida.

O chefe da operação - realizada pela ONG holandesa Terre des Hommes -, Hans Guyt, afirmou que ele e os colegas na organização sempre esperaram que a informação levantada por eles fosse usada por polícias do mundo para capturar os criminosos.

E acrescentou que a polícia precisa ser mais proativa, pois a única forma "de encontrar estas pessoas é patrulhar a internet".

Uma equipe de quatro pesquisadores da ONG trabalhou no projeto durante dez semanas em 2013, se passando por meninas filipinas em salas de bate-papo na web.

Em algumas ocasiões eles até usavam um avatar computadorizado, que mostraram aos homens pela webcam.

'Pesadelos'
A BBC News conversou com um dos operadores do programa que tiveram contato direto com os pedófilos. 

Ele pediu que seu nome não fosse divulgado.

"Alguns dos homens com quem interagimos me deram pesadelos, literalmente", disse.

O operador ouvido pela BBC conversou com Scott Hansen.

"Ele era muito direto, em um momento ele pediu para envolver a irmã de oito anos fictícia. 

Foi muito difícil dormir à noite depois de interagir com alguém como Hansen", afirmou.

O operador está orgulhoso de ter participado de alguma forma na condenação de Hansen, mas gostaria que mais pedófilos fossem condenados.


Durante o período em que o projeto funcionou, dezenas de milhares de homens entraram em contato com a equipe da Terre des Hommes.

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