A Rede Justiça nos Trilhos participou na semana passada do V Encontro Taller Latinoamericano: “Cuidado e Defesa do Território frente à complexidade da Mineração na América Latina e Caribe e do Foro Latinoamericano Cuidado e Defesa do Territorio frente às Trasnacionais e Políticas Depredadoras”.
Os eventos aconteceram simultaneamente na Universidade Iberoamericana (UIA), na cidade de Puebla, México, entre os dias 03 e 07 de novembro.
Cerca de 50 defensores e defensoras provenientes do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Guatemala, México, Honduras e Peru se reuniram com o objetivo de resgatar e construir, a partir da educação popular, pistas para o desenho de estratégias diversas no cuidado e defesa do território, desde suas práticas e contextos.
No evento debateram as estratégias de fortalecimento da autonomia das comunidades frente às investidas da mineração.
Além disso, falaram sobre o direito e aplicação da consulta pública no caso dos povos originários, o discurso oficial e a repressão estatal às comunidades, os impactos socioambientais e as alternativas ao modelo mineiro.
As organizações participantes do encontro, após análises das realidades apresentadas, afirmaram em carta que a “convicção de seguirem rebeldes e contestatórios a todos aqueles que sequestram a pluralidade, os direitos, a biodiversidade e a vida”.
Afirmam que seguirão nos processos de articulação e construção de alternativas de fortalecimento de sujeitos organizados, proativos e responsáveis pelo presente e pelo futuro, convictos da necessidade de romper o círculo vicioso e hegemônico do capitalismo.
Na última quarta (5), quando todo o México realizou um “Paro” nacional em protesto pelo desaparecimento dos 43 estudantes de Ayotzinapa, Iguala – Guerrero, os participantes do encontro fizeram um pronunciamento em que manifestaram apoio às manifestações e exigiram imediatas providências do Estado.
“Como pessoas que defendemos a terra, o território e os bens comuns, vemos com preocupação a forma em que atuam os Estados em nossa região, caracterizada pela imposição de projetos de “desenvolvimento” que favorecem unicamente a grandes interesses privados.
De igual forma, preocupa a criminalização e o uso sistemático do sistema penal contra as comunidades e pessoas ativistas, assim como a responsabilidade em agressões contra as e os defensores comunitários, seja por ação direta ou aquiescência com agentes não estatais”.
O Encontro Taller e Forum.
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