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quarta-feira, dezembro 10, 2014

Câmara cassa o mandato do deputado federal André Vargas

Parlamentar é suspeito de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef.


Vargas foi cassado por 359 votos a favor, um contra e seis abstenções.

 

Fernanda Calgaro  

Do G1, em Brasília
O deputado André Vargas discursa no plenário da Câmara em 2 de abril (Foto: Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados) 
O deputado André Vargas não compareceu à sessão da Câmara que cassou o seu mandato.
(Foto: Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados)
 
 
A Câmara dos Deputados cassou nesta quarta-feira (10) o mandato do deputado federal André Vargas (sem partido-PR) por quebra de decoro parlamentar. 

Ele é suspeito de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, acusado de comandar um esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

A votação que cassou o mandato do parlamentar do Paraná foi aberta. 

O placar eletrônico do plenário da Câmara registrou 359 votos favoráveis pela cassação e somente um contrário – o do deputado José Airton (PT-CE) –, além de seis abstenções. 

Para que Vargas perdesse o mandato, era necessário que, ao menos, 257 deputados votassem a favor da cassação.

Com a cassação aprovada, Vargas poderá ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que o deixa inelegível por oito anos. 

Ex-deputado do PT, ele tentou postergar ao máximo a conclusão do processo político no Congresso. 

Como não se reelegeu, Vargas deixará a Câmara ao final desta legislatura.

A maioria dos partidos com representação na Câmara, incluindo o PT, orientou suas bancadas a votar pela perda do mandato do ex-deputado petista. 

Somente os líderes de PMN e PEN optaram por liberar os parlamentares para que votassem como quisessem.

Vargas não compareceu à sessão desta quarta-feira, apesar de, no mês passado, ter dispensado seu advogado, optando por fazer pessoalmente sua defesa. 

À Câmara, disse que não poderia ir ao Legislativo se autodefender por não ter condições de falar.

No entanto, ele conversou duas vezes nesta quarta-feira, por telefone, com a reportagem do G1. “Não irei de forma alguma a Brasília. 

Minha licença expira só hoje [quarta] à noite”, ressaltou Vargas na primeira ligação.
Ao final da votação, Vargas afirmou ao G1, por telefone, que não acompanhou a sessão porque está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. 

Ele não quis informar o motivo da internação.

"Não estou [acompanhando a votação] porque estou internado no hospital Albert Einstein. 

Eu não estou acompanhando pela TV", declarou.

Em seguida, ele foi informado pela reportagem que a cassação de seu mandato tinha acabado de ser aprovada.

"Quanto foi o placar?", questionou.

Ao ser indagado sobre as medidas que pretendia tomar diante da cassação, o deputado se limitou a dizer. "Eu não vou comentar, eu não vou comentar."

O hospital Albert Einstein confirmou a internação, mas informou que, a pedido do paciente, não daria informações sobre o estado de saúde.

Cirurgia

Na noite da última segunda-feira (8), o agora deputado cassado chegou a protocolar um recurso na Câmara pedindo o adiamento da sessão que agendada para analisar seu processo de quebra de decoro.


No ofício, alegou que, devido à recuperação da cirurgia odontológica realizada na semana passada, não poderia se defender no plenário, já que estava sem condições de falar.

Vargas chegou a enviar na segunda-feira um atestado médico comprovando a realização da cirurgia. 

Na ocasião, solicitou uma licença médica até esta quarta-feira.

Para comprovar a realização do procedimento cirúrgico, a assessoria de Vargas enviou fotos da arcada dentária do deputado com um dente extraído. 

No entanto, o pedido de adiamento foi negado pela direção da Câmara sob o argumento de que o regimento interno exige, nesses casos, a indicação de uma junta médica para examinar o parlamentar.

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