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quinta-feira, dezembro 11, 2014

Homem que confessou crimes no RJ aprendia técnicas em livros, diz polícia

Sailson José das Graças, de 26 anos, confessou ter matado 43 pessoas.
Um dos mortos foi por encomenda devido a dívida de R$ 40.


Alba Valéria Mendonça Do G1 Rio
"Vou sair para a caçada", dizia Sailson José das Graças, de 26 anos, para a companheira Cleuza Balbina de Paula, de 42 anos, que também foi presa na ultima quarta-feira (10), junto com o ex-marido dela José Messias. 

Os três moravam juntos na mesma casa no bairro Corumbá, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, desde o início deste ano. 

Cleusa sustentava Sailson e pagava pelos crimes encomendados dando dinheiro, roupas e comida.

Sailson foi preso em flagrante após matar Fátima Miranda a facadas e confessou à polícia ser um assassino em série.  

Durante o depoimento, ele disse já ter matado outras 42 pessoas nos últimos nove anos, sendo 38 mulheres, três homens e uma criança.

Negro, jovem, muito frio e tranquilo, Sailson contou que só matava mulheres brancas, louras ou morenas. 

"Negra, da raça, não, porque é da família", disse o preso.
 
 
Saiba mais

Ele contou aos policiais que estudou até o quinto ano. 

Sailson disse ao delegado Marcel Machado que gostava de ler livros na biblioteca da prisão e ver filmes policiais, tanto que usava algumas técnicas aprendidas para não deixar vestígios dos crimes como, por exemplo, usar touca, luvas ou cortar as unhas das vítimas quando havia luta corporal.

"Às vezes pensava que eu era meio maluco, mas outras vezes achava que era normal. Matava porque gostava. 

Não me arrependo e, quando sair [da cadeia], provavelmente vou matar de novo", disse friamente Sailson.

Sailson já tinha sido preso pelo menos quatro vezes por roubo, furto e porte de arma, e nunca fugiu. 

Ao delegado, ele contou que gostava da cadeia e até perguntou ao ser preso se iria para a prisão em Niterói, pois ele gostava muito de lá. 

Sailson contou ao delegado que nunca trabalhou, mas fazia alguns 'biscates', como pintar um muro ou plantar uma árvore.

Ele contou que o pai morreu eletrocutado em um acidente de trabalho quando ele tinha 11 anos. 

Segundo o delegado, ele tem ex-mulher, um filho e mãe viva e é de família religiosa. 

Até o início da tarde desta quinta (11), nenhum parente apareceu na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. 

Os três presos não têm advogado.

O psiquiatra Jairo Werner acredita que, em tese, Sailson não tem problemas mentais. (Foto: Reprodução/ TV Globo) 
Psiquiatra Jairo Werner avalia entrevista de Sailson
das Graças (Foto: Reprodução/ TV Globo)
 
Avaliação do psiquiátra

O psiquiatra Jairo Werner assistiu ao vídeo da entrevista de Sailson José das Graças e afirmou que ele parece ter plena compreensão do que estava fazendo.


“Ele tem entendimento. 

Ele um tipo de determinação, de obsessão e ele faz tudo para conseguir aquilo. 

Então ele se previne de alguma forma e, em tese, esta personalidade não tem uma deficiência mental”, afirmou o médico.

Para Jairo Werner, Sailson identificava os seus alvos e, com frieza, conseguia até tomar medidas para não ser descoberto pelas autoridades ao conseguir matar suas vítimas.

Além disso, o psiquiatra identificou traços obsessivos no discurso do homem, que foi preso em flagrante após matar Fátima Miranda a facadas em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. 

“Ele entende o que está acontecendo e, de certa forma, ele localiza o tipo de alvo e, a partir dali, ele se torna obsessivo até alcançar aquele objetivo”, falou Werner.

Crimes encomendados

Segundo a polícia, quatro crimes cometidos por Sailson José das Graças foram encomendados por Cleusa Balbina e José Messias. 


Paulo Vasconcelos, de 52 anos, morreu em dezembro de 2011, no bairro Amaral, em Nova Iguaçu, por causa de uma dívida de R$ 40.

Francisco Carlos Chagas, de 49 anos, foi morto a facadas, no bairro Corumbá, também em Nova Iguaçu, no dia 23 de outubro de 2014. 

A morte teria sido encomendada pela Cleusa por causa do roubo de um celular.

Raimundo Basílio da Silva, 60 de anos, morreu no dia 30 de novembro de 2014, no bairro Santa Rita, no mesmo município, por causa de uma desavença com Cleusa. 

A última vítima, Fátima Miranda, teve a morte encomendada por José Messias, após uma discussão com Cleusa.

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