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sexta-feira, janeiro 16, 2015

Presidente da Sabesp diz que 'é possível' Cantareira secar em março

Jerson Kelman diz que ordenou reduzir ainda mais retirada de água.
Sistema opera com 6,3% da capacidade nesta quarta-feira (14).

Do G1 São Paulo
O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, admitiu em entrevista ao SPTV nesta quarta-feira (14) que “é possível” que o Sistema Cantareira seque em março deste ano. 

A afirmação foi feita após ele ser questionado sobre uma projeção do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres do Ministério da Tecnologia.

“É possível que sim [seque em março]. 

Se continuar assim [regime de chuvas], é possível, por isso que nós estamos fechando. 

Você tem que ir fechando as torneiras”, disse Kelman, que assumiu a presidência da companhia de abastecimento há menos de uma semana, no dia 9 de janeiro. 

Ao falar sobre a crise hídrica na cerimônia de posse, ele afirmou que "é preciso estar preparado para o pior".
A projeção da hidróloga Luz Adriana Cuartas, do Centro Nacional de Monitoramento, mostra que, se a chuva for somente 10% da média histórica durante o verão, a água do Cantareira pode se esgotar em março. 

O cálculo leva em conta o volume de captação atual para o abastecimento.

Caso a chuva mantenha a média de dezembro (74,9% do previsto para o mês), a água pode acabar em junho, segundo a projeção.

Chuvas

Desde 1º de janeiro até esta quarta-feira, as represas do Cantareira registraram 59,6 mm de chuva, o que representa 22% da média histórica do mês, que é de 271,1 mm.

Os meteorologistas não afirmam se as chuvas até o fim do verão ocorrerão acima ou abaixo do esperado, mas explicam que os temporais registrados desde o fim do ano não têm sido suficientes para aumentar o volume dos reservatórios.

A chuva que poderia ajudar na recuperação é formada por sistemas frontais (frentes frias) ou por corredores de umidade que saem da Amazônia com sentido à região Sudeste.

Segundo especialistas do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), vinculado à Prefeitura de São Paulo, e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), um bloqueio atmosférico impede que esses sistemas cheguem até o estado de São Paulo e não permite chuvas mais generalizadas e com tempo maior de duração.

Nível em queda

O Cantareira abastece 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo e opera com 6,3% da capacidade nesta quarta-feira, considerando o volume útil e as duas reservas técnicas das represas. 

No mês de janeiro, o sistema ainda não registrou alta no nível das represas.

Kelman afirmou ainda que ordenou que a retirada de água do Sistema Cantareira diminua ainda mais, para 13 mil litros por segundo. 

Isso significa uma redução de 60% em relação aos 33 mil litros por segundo que eram retirados antes da crise hídrica.

Menos água nas torneiras de São Paulo (Foto: Arte/G1)

A redução é paulatina desde março do ano passado, quando a Agência Nacional de Águas (ANA) determinou a redução de 33 mil para 27,9 mil litros por segundo. 

Na terça-feira (13), a retirada já era de 16 mil litros por segundo, segundo Kelman.

A nova redução deve afetar ainda mais as manobras de diminuição de pressão que já acontecem em toda a Grande São Paulo e fazem com que vários consumidores fiquem sem água, especialmente durante a noite. 

Kelman disse ainda que a Sabesp tentará informar "com a maior precisão possível" a população sobre os cortes de água.

Racionamento

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), admitiu nesta quarta-feira que existe racionamento de água

Desde o início da crise hídrica, no começo de 2014, Alckmin jamais havia afirmado que os paulistas passam por racionamento.

A Sabesp também admitiu, pela primeira vez, que toda a Região Metropolitana está com redução de pressão na água. 

O governo assume o racionamento um dia após a Justiça proibir a cobrança de multa para quem consumir mais do que a média.

Alckmin afirmou que já há um racionamento desde o momento em que a ANA ordenou a diminuição na retirada de água do Sistema Cantareira. 

Foi no dia 13 de março do ano passado que a vazão captada passou de 33 metros cúbicos por segundo para 27,9, por determinação da ANA.

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