Chuva na Zona Sul causou maior alta de janeiro na Guarapiranga.
Nenhum outro sistema que abastece a Grande SP teve aumento no volume.
Vista aérea da represa de Jaguari, parte do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)
O temporal que atingiu São Paulo na tarde desta segunda-feira (13) causou a maior elevação do mês na represa Guarapiranga, extremo Sul da capital, mas não se estendeu para o Sistema Cantareira, segundo a Sabesp.Não choveu nada na mais importante fonte de água da Grande São Paulo, e o volume baixou para 6,4%.
Trata-se da oitava queda neste ano nos reservatórios.
O acumulado das chuvas no Cantereira em janeiro, de 49,2 milímetros, ainda representa 18,1% do esperado para o período e o sistema ainda não conseguiu se recuperar.
No Guarapiranga, por sua vez, o volume subiu de 39,2% para 39,8%.
As chuvas registradas desde janeiro representam 56% do previsto para o mês.
Entre os demais sistemas que abastecem a Região Metropolitana, o Rio Claro e o Rio Grande tiveram queda.
Alto Cotia e Alto Tietê ficaram estáveis.
Confira os níveis dos outros reservatórios dos sistemas que abastecem municípios do estado de São Paulo registrados:
Alto Tietê: permanceu em 11,3%;
Guarapiranga: subiu de 39,2% para 39,8%;
Alto Cotia: permaneceu em 30,2%;
Rio Grande: recuou de 70,3% para 70,1%;
Rio Claro: caiu de 27,5% para 27,1%.
Dezembro
Junto com o ano, terminou também o melhor mês do Cantareira em 2014.
Em dezembro, o nível do sistema baixou 1,5 ponto percentual. Foi o menor índice de queda mensal no ano.
A maior baixa foi em fevereiro, quando o volume acumulado recuou 5,5 pontos percentuais.
Dezembro também foi o melhor mês em número de dias sem queda no nível do reservatório.
Foram 11: em 8 deles o nível se estabilizou, e em outros 3 ele chegou a subir.
Foi a única vez no ano em que o nível aumentou três vezes seguidas, dos dias 24 a 26.
Nesse sentido, os piores meses foram junho, julho, agosto e outubro, quando o nível caiu todos os dias.
Perda foi de quase meio trilhão de litros
O Cantareira terminou 2014 sem recuperar 492 bilhões de litros de água perdidos durante os 12 meses.
O ano começou com o nível do reservatório em 27,2% e terminou com 7,2%.
Porém, com a utilização das duas cotas do volume morto (a primeira elevou o manancial em 18,5 pontos percentuais e a segunda em 10,7 pontos percentuais) é como se os reservatórios tivessem iniciado 2014 com um volume acumulado de 56,4%.
Assim, a queda foi 49,2% durante o ano, o número representa 492 bilhões de litros.
De acordo com estimativas da Sabesp, o reservatório tem capacidade de armazenar 1 trilhão de litros, quando está com 100% do seu nível.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o sistema abastece atualmente 6,5 milhões de pessoas na Grande SP.
Mudança na Sabesp
O novo secretário de Recursos Hídricos do estado de São Paulo, Benedito Braga, anunciou nesta quinta-feira (1º) que o engenheiro Jerson Kelman será o novo presidente da Sabesp, companhia de saneamento básico responsável por fornecer água para boa parte do estado.
Kelman é engenheiro civil com especialização em hidráulica, ex-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) e professor da Coope-UFRJ.
Multa
Na cerimônia de posse da nova equipe de governo, o secretário Benedito Braga afirmou que será avaliada a possibilidade de elevar os percentuais da atual multa para os consumidores que aumentarem o consumo de água, com novas escalas.
Braga disse que, antes da aplicação de eventuais novas sanções, dará um prazo de 2 meses para avaliar os efeitos da atual sobretaxa, em vigor desde o dia 1º.
A multa que começou a vigorar neste ano prevê que quem aumentar o consumo em até 20% vai pagar 20% a mais; já quem gastar mais que 20%, vai ter aumento de 50%.
O percentual será calculado com base na média de fevereiro de 2013 até janeiro de 2014.
A média já aparece na conta dos consumidores.
A meta do governo é reduzir 2,5 metros cúbicos por segundo de consumo.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou que a medida seja uma multa ao consumidor.
Ele define o ônus como "tarifa de contingência".
Com a medida, a multa será aplicada da seguinte maneira: um consumidor que, em média, gasta 10 m³ de água receberá conta 20% mais cara se utilizar entre 10,1 m³ e 12 m³ em um mês.
Caso gaste acima de 12,1 m³, irá pagar 50% a mais.
O consumidor que elevar o gasto passará a ser cobrado na conta de fevereiro.
O governo de São Paulo irá aplicar multa, a partir de 1º de janeiro, para quem aumentar o consumo de água em São Paulo.
Quem aumentar em até 20% vai pagar 20% a mais; já quem gastar mais que 20% vai ter aumento de 50%.
O percentual será calculado com base na média de fevereiro de 2013 até janeiro de 2014.
A média já aparece na conta dos consumidores.
A meta do governo é reduzir 2,5 metros cúbicos por segundo de consumo.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou que a medida seja uma multa ao consumidor.
Ele define o ônus como "tarifa de contingência".
Com a medida, a multa será aplicada da seguinte maneira: um consumidor que, em média, gasta 10 m³ de água receberá conta 20% mais cara se utilizar entre 10,1 m³ e 12 m³ em um mês.
Caso gaste acima de 12,1 m³, irá pagar 50% a mais.
O consumidor que elevar o gasto passará a ser cobrado na conta de fevereiro.
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