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sábado, fevereiro 07, 2015

Agricultores de Salesópolis debatem anúncios do Daee para crise hídrica

Parte dos produtores não tem outorga para usar água e teme fiscalização.

200 pessoas da região perderam emprego na agricultura, diz sindicato.

Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano com informações da TV Diário

Nesta terça-feira (3) foi realizada uma nova reunião com os produtores rurais do Alto Tietê, em Salesópolis, para discutir os efeitos da crise hídrica. 

Muitos agricultores não possuem permissão para usar a água de rios e represas para a irrigação.

A preocupação aumentou depois de uma reunião com o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) na sexta-feira (30).

 O departamento anunciou que estará atento aos agricultores que não possuem outorga.  

A localização de tais agricultores será feita através do cruzamento de dados dos cadastros de agricultores na Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e das outorgas do Daee.

 O diretor superintendente do Daee, Ricardo Borsari, detalhou que a Polícia Ambiental também fará fiscalização: “Nós estamos trabalhando para treinar a Polícia Militar. 

Os fiscais do Daee também estão sendo mobilizados para isso. 

Acredito que no final da semana que vem essa fiscalização já comece”, finaliza Borsari.

Nesta quarta-feira (4), o volume de armazenamento dos reservatórios do Alto Tietê está em 11%, houve uma queda de 0,1% em relação a terça-feira. 

 Os números disponibilizados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo também mostram que a pluviometria acumulada no mês está em 14,9 mm, enquanto que a média histórica para fevereiro é de 192 mm.

Impactos na agricultura


A estiagem tem provocado efeitos diretos na agricultura.


 De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, 200 agricultores no Alto Tietê perderam o emprego desde janeiro por conta da seca. 

“Isso vai causar muito mais desemprego e, com certeza, até fome.

 A maioria dos funcionários mora na propriedade da empresa e, a partir do desemprego, o patrão é obrigado a mandar embora e quer a residência onde eles moram”, afirma o presidente Benedito de Almeida.

Cerca de 150 agricultores estiveram na reunião de terça-feira e se posicionaram contra a decisão de fiscalização.


 Um agricultor de Salesópolis já precisou demitir sete funcionários. 

“Começou a chover um pouco, então a gente já poderia aumentar. 

Mas é outro problema: não sabemos o que o nosso governo vai fazer”, afirma César Ardachinikoff.

Na reunião desta terça-feira, nenhum produtor afirmou que foi fiscalizado, mas eles temem que suas bombas para captação de água e registros sejam lacrados. 

Os agricultores também questionam a alternativa de perfuração de poço apresentada na semana passada devido ao alto custo do processo.

Uma comissão de vereadores, juntamente com o prefeito de Salesópolis, prometeu se encontrar com a superintendência do Daee na capital. 

“Nós não vamos permitir isso realmente, porque não podemos perder a nossa posição. 

Nós queremos o racionamento no consumo da irrigação. 

Isso vai ser feito, isso pode ser controlado e a gente até assume esse controle. 

 Mas não pode jamais lacrar uma bomba, tirando 100% da irrigação”, declarou o prefeito de Salesópolis, Benedito Rafael da Silva.

Marcelo Uono é um dos produtores rurais que compareceram na reunião. 

 “Existe o problema financeiro do produtor. 

O produtor não consegue bancar o preço da outorga e existe a dificuldade do governo em dar a outorga. 

São esses pontos que o governo tem que rever para que o produtor possa, com menos custo possível, conseguir a outorga da água.”

Procurado pela produção, o Daee não se manifestou sobre o trâmite para a concessão da outorga nem sobre a fiscalização.

A Prefeitura de Salesópolis informou que o prefeito terá uma reunião com o Daee nesta quarta-feira, às 17h. 


Porém, o departamento não confirmou a informação.

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