Este mês de fevereiro de 2015 será inesquecível para este jornalista e blogueiro proprietário deste blog.
O motivo ?
Como um dos pioneiros do município de Parauapebas desde 1984, nunca tive a oportunidade de conhecer o tão famoso "Garimpo das Pedras", que fica situado na localidade de Alto Bonito, município de Marabá, distante de Parauapebas 54 quilômetro, oportunidade esta que só veio acontecer no dia 14 do mês em curso, quando eu e minha esposa Gina Miuki Mikawa Barreto, resolvemos nos deslocar para aquele garimpo, para conhecer "in loco", o dia a dia daquela comunidade formada por garimpeiros e seus familiares, que sobrevivem 100% da extração de ametista.
Na oportunidade, conhecemos também a piscina natural de água termal, opção de lazer em finais de semana e feriados prolongados, para famílias da região e até mesmo de outras localidades, que apreciam esse tipo de entretenimento.
O que significa água termal ?
Fonte
termal é a emergência de água subterrânea aquecida, seja pelo calor
causado pelo gradiente geotérmico, seja por processos de vulcanismo.
As
fontes termais existem em toda a Terra, incluindo o fundo dos oceanos.
Depois de passarmos algumas horas naquela vila denominada de "Vila Garimpo das Pedras", conversando com algumas pessoas sobre o dia a dia dos seus moradores, e como se dá a comercialização das pedras de ametista, combinamos que retornaríamos na semana seguinte com mais tempo, para produzirmos uma matéria com o objetivo de divulgar para a sociedade brasileira através do nosso site, a importância do trabalho realizado pelos membros daquela localidade na extração e comercialização daquelas pedras preciosas que tem mercado garantido não só no Brasil, como na China, Índia e outros, contribuindo para fomentar a economia local e arrecadação de impostos da venda daquele produto, que tem como intermediário das vendas, a Cooperativa dos Produtores de Gema do Sul do Pará - COOPERGEMAS da qual os mesmos são membros, e que tem a sua frente como Presidente, o engenheiro de minas Adilson Barbosa Machado.
Retornamos para Parauapebas com algumas pedras de ametista que ganhamos como cortesia do amigo e conterrâneo baiano João.
No último dia 20, me desloquei para o Garimpo das Pedras, como o prometido, desta vez sozinho, porque minha esposa por motivo de trabalho, não foi possível me acompanhar.
Os dois dias que ali permaneci, foram suficientes para conhecer toda a comunidade e ouvirmos alguns moradores, principalmente o presidente da Cooperativa COOPERGEMAS, que nos facilitou na produção da matéria, tendo ele como um dos entrevistados e o nosso amigo João, que fez questão de nos hospedar na sua residência.
Pessoas interessadas em ouvir e assistir em vídeo, a entrevista dos dois no You Tube, basta acessar o mesmo e assistir.
Entrevistando o Adilson Barbosa Machado , popularmente conhecido por "Faquinha", ele nos passou informações bastante interessante sobre a origem daquele garimpo.
"No dia 02 de agosto de 2014, o superintendente do
Departamento Nacional de Produção Mineral no Pará (DNPM-PA), Thiago Marques de Almeida,
engenheiro de minas, nos entregou o documento de renovação da
Permissão de Lavra Garimpeira nº 23/2009, pelo prazo de cinco anos, para
extração de ametista numa área de 242 hectares do Garimpo das Pedras.
A nossa Cooperativa foi fundada há 12 anos, congrega hoje cerca de mil cooperados, que são beneficiados
com os lucros da entidade.
As pedras de
ametista e derivados extraídas do subsolo do Garimpo das Pedras são
comercializadas brutas, sem receber nenhum beneficiamento, na própria vila, por
representantes, principalmente, da Bahia e de Minas Gerais, e até da China.
As
minas do garimpo têm reserva para pelo menos 50 anos de exploração.
A partir da outorga de renovação da permissão de lavra,
o presidente da cooperativa percebe que se abre um importante campo para atrair
mais investidores que agora podem comprar legalmente e pensar inclusive em qualificar
a comunidade com mão de obra especializada para lapidar as pedras, produzir
joias e outros tipos de souvenirs, proporcionando emprego e renda.
A cooperativa pretende
celebrar parceria com empresa do setor de turismo para estruturar e explorar o
espaço, que ele considera como “uma dádiva de Deus".
A comunidade da vila conta hoje com uma população
aproximada de quatro mil pessoas que moram em duas vilas: a de baixo e a de
cima.
A localidade, que geograficamente pertence ao município de Marabá, dispõe
de escola, posto de saúde, destacamento da Polícia Militar, supermercados,
igrejas, energia elétrica, associação de moradores, farmácia e até pista para
pouso e decolagem de pequenas aeronaves.
No caminho entre uma vila e outra existe uma
nascente que jorra água com 40 graus de temperatura para uma piscina onde
pessoas tomam banho e se divertem.
Para chegar à vila do Garimpo das Pedras, saindo de Parauapebas,
pega-se a estrada de asfalto que vai para o Projeto Salobo até o km 44, anda
mais dois quilômetros de asfalto até a Vila Paulo Fonteles e 8 km em estrada de
chão".
Finaliza Adilson Barbosa Machado.
Queremos
concluir essa matéria, informando que se alguém de qualquer região do
Brasil desejar visitar o "Garimpo das Pedras", e a piscina natural de
água termal, basta entrar em contato pelo celular (94) 981137116 e falar
com Manoel Maria, em Parauapebas, estado do Pará.
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"Vila Paulo Fonteles" |
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"Vila de baixo" |
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"Vila de cima" |
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Essa é uma das rochas onde se extrai a ametista |
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Um dos pioneiros do garimpo. |
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Comprador de pedras |
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Grupo de garimpeiro limpando a ametista |
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Local de rejeitos |
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Piscina natural de água termal |
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Família de turista de divertindo em água termal |
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Técnico em enfermagem que atende a "Vila Garimpo das Pedras" |
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Lucia a primeira mulher que chegou ao "Garimpo das Pedras" em 1982 e seu amigo também pioneiro Manoel Maria. |
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Eu e a conterrânea Lucia, pioneira no "Garimpo das Pedras". |
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Nascente de água na rocha na estrada do "Garimpo das Pedras". |
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