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terça-feira, fevereiro 24, 2015

NOSSA POSIÇÃO SOBRE A CHAMADA MARCHA PARA JESUS

 

Celiomar de Mello – Caxias (MA)


Olá Pr. Reinaldo o seu trabalho tem sido muito comentado aqui em minha cidade. 

Fala-se muito na chegada da Igreja Cristã Protestante por aqui e alguns esperam ansiosos, mas outros são contra. 

Eu ouvi no rádio um pastor criticando as suas opiniões e ele disse que não entende como o senhor sendo pastor pode ser contra a Marcha Para Jesus que é realizada todos os anos no Brasil inteiro.  

Eu lhe pergunto: é verdade que o senhor é contra a Marcha para Jesus? 

Quais seriam os seus motivos.

Resposta


Olá meu querido irmão, graça e paz. Obrigado por sua mensagem. 

Por favor repasse aos irmãos da linda cidade de Caxias o meu mais carinhoso abraço. 

Estamos orando para que a ICP chegue não somente a Caxias como a todas as cidades do Brasil, no tempo de Deus e conforme a atuação do Espírito Santo nesse sentido.

De fato não sou favorável á chamada Marcha para Jesus, que a meu ver é apenas uma espécie de resposta gospel à parada gay. 

Eu prefiro a Marcha de Jesus para o reino de cada coração. 

Eu prefiro a marcha do povo de Deus rumo a um padrão cristão de ética, de moral e boa cidadania. 

Prefiro a marcha daqueles que rejeitam as heresias modernas e preferem o caminho estreito que somente a sã doutrina pode levar. 

A marcha não precisa ser um show encenado pelas ruas e vestido de aura ativista. 

A marcha pelas ruas deve ser o andar diário de cada cristão, refletindo o Cristo de Deus em seu trabalho, escola, casas e por onde quer que passe.

A igreja que organiza a maior parte da chamada marcha para Jesus é conduzida por um homem que se autodenomina apóstolo. 

Este é um erro cada vez mais frequente em algumas denominações. 

É sabido que o título “apóstolo” foi reservado àquele primeiro grupo de homens escolhidos por Cristo. 

Após a traição e suicídio de Judas, os apóstolos escolheram outro para ocupar seu lugar (At 1.15-20), mas, como foi feita esta escolha? 

Que critérios foram usados? 1º) Ter sido discípulo do Salvador durante o seu ministério terreno; 2º) Ter sido testemunha ocular do Cristo ressurreto. 

Portanto, ninguém que não tenha sido contemporâneo de Cristo ou dos apóstolos (como Paulo o foi) pode sustentar para si o título de apóstolo.

A igreja que organiza a marcha em questão ensina a Teologia da prosperidade (crença de que o cristão deve ser próspero financeiramente), Confissão positiva (crença no poder profético das palavras, ou seja, assim como Deus falou e tudo foi criado, eu também falo e tudo acontece), Quebra de maldições (convicção de que podem existir maldições, mesmo na vida dos já salvos por Cristo), sem falar na complacência notória com um estilo de vida cristão profundamente secularizado.

A filosofia desta marcha está fundamentada em uma Teologia Triunfalista (tudo sempre vai dar certo, não existem problemas na vida do crente), tendo como base textos como Êxodo 14 (passagem de Israel no mar Vermelho) e Josué 6 (destruição de Jericó). 

Essa forma gravemente equivocada de interpretar o texto, não desfaz a soberania de Deus que pode ou não conduzir as nossas vidas por caminhos atribulados, se esta for a Sua vontade para com as nossas vidas.

De acordo com os sites que organizam a marcha, uma das finalidades dela é promover curas e libertações. 

Entendemos pela Palavra de Deus que danças, brados e profetadas não podem transformar a natureza e que somente a própria Palavra de Deus possui essa atribuição.

A marcha não celebra um culto a Deus, mas sim um “show gospel” público. Não compactuo com esta postura.

Os líderes do movimento propagam que a marcha tem o poder de “mudar o destino de uma nação”. 

Desde 2009 foi sancionada a lei que instituiu o Dia da Marcha para Jesus e pelo que sei o Brasil só tem piorado todos os seus índices desde então.

Violência, corrupção, depravação homossexual, decadência ética. 

Os atos proféticos proferidos na marcha se mudaram o destino Brasil, até aqui, foi para pior. 

Ou simplesmente (é nisso que eu creio) não tiveram e não têm poder para mudar coisa alguma, pois Deus é o Senhor da História e somente Ele, mediante a Sua soberana vontade, pode modificar os rumos do destino.

Na visão do grupo que comanda esta marcha, com base em Josué 1.3: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado”, a marcha é uma reivindicação do lugar por onde passam na cidade. 

Reivindicações verbais são mera encenação infrutífera. 

A conquista de uma nação para Deus requer consagração, oração e evangelização. Tudo o mais é falácia.

A marcha, segundo seus idealizadores, também serve para tapar as “brechas deixadas pelos atos ímpios de nossa nação”. 

Se isso for verdade, então ela fracassa em seus propósitos, pois os atos ímpios desta nação, a começar pelo comando da mesma, nunca foram tão ímpios e corruptos como os atuais.

Na concepção dos seus adeptos, a marcha destrói “fortalezas erguidas pelo inimigo em certas áreas em nossas cidades e regiões”. 

Os índices sociais decadentes de todo o país e as páginas diárias dos jornais mostram que a ação do diabo só tem se alastrado no Brasil, inclusive, dentro de muitas igrejas que se declaram cristãs, através do avanço flagrante das heresias e do mundanismo.

A marcha tem caráter isolacionista, próprio de gueto, e não o que Cristo nos ensinou, a saber, envolvimento amplo na sociedade, como sal e luz (Mt 5.13-16), com irrepreensível testemunho cristão: “…mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem ao Pai no dia da visitação” (I Pe 2.12). 

Prova disso é que toda a organização da marcha está centrada nas mãos de uma igreja apenas, excluindo-se o alegado caráter de união entre os evangélicos.

Tanta força e entusiasmo deveriam ser canalizados para a pregação do evangelho. 

As pesquisas indicam que os evangélicos já somam 25% da população brasileira, no entanto, a imoralidade, a corrupção e a violência estão cada vez maiores em nosso país. 

Os canais de TV, os programas de rádio, bem como as marchas não têm gerado transformação de vida em nosso povo.

A marcha que Cristo ensinou à sua igreja foi outra, silenciosa e efetiva, tal qual o sal penetrando no alimento (Mt 5.13); pessoal e de relacionamento, como na igreja primitiva (At 8.4); cotidiana e sem cessar, como entre os primeiros convertidos (At 2.42-47).

Ninguém é obrigado a concordar comigo, mas já que você me perguntou, é assim que humildemente penso. 

Que Deus o abençoe, em nome de Jesus!


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