Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

domingo, março 22, 2015

Cerca de R$ 80 milhões perdidos em 1 ano em Tóquio são entregues à polícia

Pode acontecer com qualquer pessoa, no táxi, no metrô, nas ruas. Só em 2014, mais de 3 bilhões de ienes foram perdidos e 76% do valor foi devolvido.


Sabe aquele ditado que diz que achado não é roubado? 
No Japão, não tem nada dessa história. 
No ano passado, o equivalente a R$ 80 milhões foi perdido nas ruas de Tóquio, e entregue para que a polícia procurasse o dono do dinheiro.
Ultramoderna, elétrica, movimentada com seus 13 milhões de habitantes. 
Mas que tal adicionar mais um título a Tóquio? 
A de cidade mais honesta do mundo?
O Diego confirma. 
Brasileiro, morando há 15 anos em Tóquio, um dia, ele esqueceu a carteira dentro do táxi. 
Tinha cartões de crédito, carteiras de identidade e motorista e ainda o equivalente a quase R$ 600 em dinheiro.
Diego Ono, representante comercial: E voltou normal, estava tudinho aqui.
Fantástico: E não faltou nada?
Diego Ono: Não faltou nada.
Fantástico: Como é que você explica isso?
Diego Ono: É a honestidade japonesa, cultura japonesa.
Pode acontecer com qualquer pessoa, no táxi, no metrô, nas ruas da cidade. 
Só no ano passado, em Tóquio, mais de 3 bilhões de ienes foram perdidos. 
Isso dá mais ou menos R$ 80 milhões, uma fortuna. 
Dinheiro que foi encontrado por outras pessoas e na grande maioria dos casos, devolvido aos donos.
É assim que o japonês se comporta quando acha algo na rua: se for um objeto de pequeno valor, como uma luva, um guarda-chuva, ele deixa em algum lugar visível. 
Assim, fica mais fácil para o dono encontrar.
Agora, quando tem dinheiro envolvido, aí muda de figura: o japonês nem ousa abrir a carteira ou a bolsa, na tentativa de achar um telefone de contato, um nome, não. 
Ele procura a cabine de polícia mais próxima, que vai enviar o que foi encontrado para um prédio: a divisão de achados e perdidos da polícia de Tóquio.
Lá dentro, uma investigação é feita para localizar não apenas quem perdeu dinheiro, mas qualquer objeto, por mais comum que seja. 
Um dos depósitos guarda 90 mil guarda-chuvas que foram perdidos na cidade de Tóquio nos últimos cinco meses. 
E fica tudo organizado em carrinhos, com o local onde o objeto foi encontrado, no caso uma linha de trem da cidade no dia 5 de dezembro.
Com o dinheiro e as carteiras o cuidado é parecido. 
Os policiais, com luvas e máscaras, abrem cada bolsa, cada carteira, buscando uma pista sobre o dono. 
O dinheiro é contado e registrado.
E como é que a polícia, chega aos donos daquele valor? 
A chefe do setor explica: “Se por acaso não há documentos, cruzamos as informações. 
Onde aquela carteira foi achada, a data".
O trabalho de detetive quase sempre dá certo: 76% do dinheiro encontrado em 2014 foi devolvido. 
Harumi Nakano explica de onde acredita vir tanta correção.
“Desde pequenos os japoneses são ensinados a entregar para a polícia qualquer objeto que encontrem na rua. 
Afinal, pode fazer falta para quem perdeu”, diz a chefe de polícia Harumi Nakano.
Isso acontece até nos momentos mais difícieis. 
Depois do terremoto e tsunami de 2011, durante a busca por sobreviventes, quase 6 mil cofres foram encontrados nos escombros de casas. 
Entregues à polícia, foram facilmente devolvidos às famílias, pois além de dinheiro, quase sempre guardavam documentos, o que facilitou a procura.

Mas, no Japão, além de honestidade, não poderia faltar também tecnologia para lidar com essa questão. 
E uma etiquetinha eletrônica pode ser a salvação de muita gente esquecida.
A invenção é de Daiki Masuki, de 27 anos. 
Ele teve a ideia em causa própria: sempre perdia o computador, esquecia o tablet, “Cadê a minha carteira”? 
Foi aí que resolveu criar a etiqueta. Ela emite sinais e funciona conectada a um telefone celular.
A etiqueta é presa ao objeto que não se quer perder, a carteira, por exemplo. 
Quando o dono, com o telefone se afasta mais de 30 metros o celular emite um alerta. 
Na tela, aparece um mapa, indicando onde a carteira está.
“Inicialmente a gente pensou nas pessoas preocupadas em perder a carteira, equipamentos eletrônicos. 
Mas entre os interessados, percebemos que muita gente quer colocar em crianças ou nos animais de estimação”, conta Harumi Nakano.
Precaução de muitos para proteger o que há de mais valioso.

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...