Declaração
está em delação premiada de ex-diretor da Petrobras.
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infográfico: o esquema
entenda a operação
Indagado pela PF se recebia um tratamento diferenciado aos presos da operação Lava Jato, Costa afirmou que o “tratamento era geralmente o mesmo”.
Segundo o ex-diretor da Petrobras, “foi dito que esse cigarro teria um cheiro de maconha”, o que motivou uma “nova batida nas celas, inclusive com cachorro farejador”.
Assessoria da PF informou que só poderá se pronunciar nesta terça.
Nathalia Passarinho e Renan RamalhoDo G1, em Brasília
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em
depoimento prestado no acordo de delação premiada firmado com o Ministério
Público Federal, que ele e outros presos na Operação Lava Jato usaram
celular e comeram “costela” na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
O uso de aparelho telefônico é vetado em qualquer penitenciária no Brasil.
Segundo Costa, o celular era do doleiro Alberto Youssef, que mantinha dinheiro
"em espécie” na cadeia.
As declarações foram
prestadas pelo ex-diretor da Petrobras ao MPF e à Polícia Federal no ano
passado e estavam em segredo de justiça.
Na última sexta (6), o ministro Teori
Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o fim do sigilo ao
abrir inquérito para investigar 49 pessoas, entre as quais 47 políticos
suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras e, a partir
desta segunda (9), o Supremo disponibilizou o
conteúdo dos depoimentos.
Na noite desta segunda,
o G1 procurou a assessoria da Polícia Federal em Curitiba, que informou que
só poderia se manifestar nesta terça sobre as supostas irregularidades na
carceragem.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em depoimento prestado no acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal, que ele e outros presos na Operação Lava Jato usaram celular e comeram “costela” na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
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entenda a operação
No
depoimento, Paulo Roberto Costa diz ter ouvido de Youssef “que o próprio teria
providenciado o ingresso do aparelho [celular] na carceragem”.
Costa admite que utilizou o telefone por duas vezes para falar com a família.
Costa admite que utilizou o telefone por duas vezes para falar com a família.
Na delação, o dirigente da estatal também fala da
alimentação nas celas da PF.
Segundo ele, Youssef pagava pela comida e que, em
uma ocasião, foi servida costela aos presos da Lava Jato.
“[Paulo Roberto Costa afirma] que também foi entregue
comida nas celas, mediante pedidos dos carcereiros, não sabendo qual deles
teria feito o pedido, sendo que em uma dessas oportunidades foi servida
costela; que quem pagava a comida era Alberto Youssef, o qual era o único que
possuía dinheiro em espécie dentro da custodia”, diz trecho do texto do
depoimento.
Paulo Roberto Costa afirmou não saber se funcionários
receberam dinheiro para atender às solicitações dos presos, mas disse recordar
ter atendido a um pedido de um carcereiro chamado “Benites” por doações a um
asilo.
O ex-diretor da Petrobras afirma que uma de suas filhas fez dois
depósitos num total de R$ 3 mil.
“Para implementar os depósitos, Benites
forneceu um telefone para qual a sua filha teria ligado e obtido um número de
conta bancária”, informa o relato da delação.
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Indagado pela PF se recebia um tratamento diferenciado aos presos da operação Lava Jato, Costa afirmou que o “tratamento era geralmente o mesmo”.
“Todavia,
em algumas oportunidades os carcereiros chegavam mais cedo, por volta das 7h, e
liberavam o banho para a ala dos presos da Lava Jato”, ressalvou o ex-diretor
da Petrobras.
Costa
disse ainda que houve, na prisão, algumas “batidas” nas celas, que resultaram
na retirada de eletrodomésticos e comida.
Ele
contou ainda que, em determinada oportunidade, o advogado Carlos Costa, um dos
presos por suspeita de envolvimento no esquema da Petrobras, pegou uma folha de
um livro de orações e fez um “cigarro com chá de hortelã”.
Segundo o ex-diretor da Petrobras, “foi dito que esse cigarro teria um cheiro de maconha”, o que motivou uma “nova batida nas celas, inclusive com cachorro farejador”.
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