Paciente fez denúncia em depoimento à Polícia Civil de Ariquemes, RO.
Médico está preso desde o dia 2 de março na Casa de Detenção do município.
Médico Pedro Augusto Ramos foi preso em Ariquemes, RO (Foto: Reprodução/TV Ariquemes)
Subiu para 14 o número de
A informação foi divulgada na sexta-feira (20) pelo delegado Rodrigo Camargo, responsável pelo caso.
O ginecologista está preso desde o dia 2 de março na Casa de Detenção do município.
A primeira denúncia surgiu no dia 26 de fevereiro.
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Dentre elas, uma nova paciente relatou ter sofrido o suposto abuso sexual durante o procedimento de exame ginecológico", esclarece.
Camargo reitera que a primeira fase das investigações visa ouvir apenas as mulheres atendidas pelo médico em um hospital particular de Ariquemes.
O delegado garante que após todas elas prestarem depoimento, deve intimar as pacientes atendidas em duas unidades de saúde da rede pública.
Ele acredita que o número de denúncias contra o médico pode aumentar.
A Polícia Civil garante que deve encerrar o inquérito até o dia 1º de abril, para relatar o
Rodrigo explica que, caso sejam comprovados os abusos sexuais, o profissional deve responder por estupro de vulnerável.
Procurado pelo G1, o advogado do médico, Márcio Gomes, disse que a defesa deve se manifestar sobre as acusações somente após a conclusão do inquérito policial.
Vítima procurou a polícia após exame em hospital particular (Foto: Franciele do Vale/G1)
Os supostos abusos cometidos pelo médico Pedro Augusto começaram a surgir em Ariquemes a partir do dia 26 de fevereiro após a denúncia à Polícia Civil de uma paciente de 22 anos.
Ela contou que o crime aconteceu durante um exame ginecológico realizado no dia 25 de fevereiro.
Depois do primeiro depoimento da jovem, mais três mulheres procuraram a delegacia e acusaram o médico.
Prisão.
Com as denúncias, a prisão preventiva foi concedida pelo judiciário e o médico foi preso no dia 2 de março.
Por conta do anúncio da prisão do profissional, outras nove mulheres o denunciaram por abuso, somando 13 registros.
"São mulheres que não se conhecem, de faixa etária, condições financeiras e níveis de escolaridade diferentes.
Todas elas descreveram a mesma situação.
Isso de certa forma reforça os indícios de autoria", relata Camargo.
Casos estão sendo investigados pela Delegacia de Defesa da Mulher (Foto: Eliete Marques/G1)
Registros em outros estados
Segundo o delegado Camargo, há indícios que o médico tenha praticado crimes da mesma natureza no Acre, Amazonas e Mato Grosso antes de mudar-se para Ariquemes.
"Recebemos um documento oficial que lá no Amazonas corre uma ação contra o investigado por abuso sexual.
Quatro pacientes denunciaram o médico.
O processo ainda permanece em tramitação", diz Rodrigo.
O titular da Delegacia da Mulher do município esclarece ainda que os antecedentes em outros estados não vão servir para a análise dos casos em Rondônia, já que, segundo ele, são situações diferentes, mas reitera que servirão para demonstrar os precedentes do investigado.
"O judiciário deve instruir a investigação com documentos que possibilite o magistrado averiguar quais são os antecedentes do suspeito e o juiz deve levar essas provas adicionais em consideração caso venha condená-lo", explana Camargo.
Conselho de Medicina.
O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero), Cleiton Bach, assegura que a entidade instaurou uma sindicância interna para investigar.
Bach destaca que será dada a oportunidade de ampla defesa ao profissional, mas que, caso seja comprovado o crime, entre as punições previstas, o médico pode ter o diploma cassado.
Segundo o Cremero, o médico possui registro em Rondônia há seis meses, e o profissional é registrado em outros nove estados.
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