Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

quarta-feira, abril 08, 2015

Justiça bloqueia mais de R$ 160 mi da construtora Queiroz Galvão

Empresa é suspeita de participar de esquema de corrupção na Petrobras.

Dinheiro é de precatório que governo de Alagoas deve pagar à construtora.


Justiça bloqueia R$ 163 milhões da construtora Queiroz Galvão (Editoria de Arte/G1)
Bibiana Dionísio e Erick GimenesDo G1 PR
A Justiça Federal decretou liminarmente o bloqueio de R$ 163,5 milhões da empresa Queiroz Galvão – uma das construtoras suspeitas de participarem do esquema de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro da Petrobras descoberto pela Operação Lava Jato.

O dinheiro confiscado refere-se a um precatório a ser pago pelo governo do estado de Alagoas à Queiroz Galvão. Na avaliação da Justiça, o bloqueio é necessário para que haja a recuperação do dinheiro oriundo de crime.

A Queiroz Galvão afirmou ao G1, por meio de nota oficial, que ainda não foi notificada pela Justiça sobre o bloqueio, mas ressalta que os créditos que tem a receber do Governo de Alagoas são legítimos.

O pedido de sequestro foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), que de acordo com o juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Operação Lava Jato em primeira instância, alegou que os cofres públicos deveriam ser ressarcidos em mais de R$ 370 mil em virtude das irregularidades cometidas pela construtora.

Ainda conforme o despacho assinado por Moro, o MPF argumentou que a empresa participou do esquema de pagamento de propina a diretores da Petrobras.
O juiz afirma ainda que há depoimento de criminosos colaboradores (que firmaram acordo de delação premiada) a respeito da Queiroz Galvão no cartel de empresa – conhecido como “clube”, além de prova documental.

Sobre o recurso confiscado, Moro vê a medida como uma maneira de assegurar a devolução do dinheiro desviado. “(...)
O montante pago a título de propina a agentes públicos constitui produto do crime que deve ser recuperado. Respondem por esses valores tanto o agente público como o corruptor”, diz trecho do despacho.

A Queiroz Galvão na Lava Jato

Segundo as investigações, entre os anos de 2006 a 2014, as empresas do grupo e inclusive consórcios dos quais a Queiroz Galvão teria feito parte, celebraram contratos com a Petrobras de cerca de R$ 8.996.284.630,83.

No cumprimento de mandados de busca e apreensão, conforme menciona Moro, foi localizada um nota fiscal de R$ 386.000,00 emitida pela MO Consultoria contra o Consórcio Ipojuca Interligações, no qual a Queiroz Galvão era integrante.

A MO consultoria é apontada pela Polícia Federal e pelo MPF como uma empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef – considerado do líder do esquema desvendado pela Operação Lava Jato – que tinha como finalidade intermediar o pagamento de propina.
Não foi, porém, identificado o registro do depósito pertinente nos extratos bancários da MO Consultoria.

Da mesma forma, foram localizadas outras notas ficais de R$ 386.000,00,  R$ 321.130,38 e R$ 250.000,00 emitidas pela Empreiteira Rigidez, igualmente ligada a Youssef, contra o Consórcio Ipojuca Interligações.
 Destas notas, foi identificado o pagamento apenas da segunda.

Ainda foi apreendido, de acordo com os invetsigadores, contrato de consultoria celebrado entre a Queiroz Galvão e a empresa Costa Global Consultoria e Participações Ltda., controlada por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
Costa firmou acordo de delação premiada com o MPF para repassar informações sobre o esquema de corrupção dentro da estatal.

Novo pedido de bloqueio

O MPF já havia pedido em outro momento da investigação o bloqueio de bens da construtora Queiroz Galvão. 
O pedido, porém, não foi aceito pelo juiz Sergio Moro.

À época, os procuradores solicitaram o confisco de 5% ou 10% do montante dos contratos celebrados com a Petrobras ou mesmo sobre estimado ganho ilícito da empresa.
 Outas empresas investigadas também eram englobadas neste pedido.

Moro indeferiu o pedido argumentando que a medida poderia acarretar em problemas de liquidez e de possível quebra das empresas.

Desta vez, entretanto, avaliou que a situação é diferente porque os valores do precatório não estão ainda disponíveis. 
O sequestro, justificou o juiz,  não afetará a liquidez já existente da empresa.

Veja na íntegra a nota da Queiroz Galvão
A Queiroz Galvão informa que não foi comunicada oficialmente sobre o bloqueio de
precatórios. 
De fato, os precatórios junto ao Governo do Estado de Alagoas existem, são créditos absolutamente legítimos e reconhecidos pelos Tribunais Superiores.
 A Queiroz Galvão reitera que sempre pautou suas atividades pela ética e pelo estrito cumprimento da legislação.
VALE ESTE - Arte Lava Jato 7ª fase (Foto: Infográfico elaborado em 15 de novembro de 2014)

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...