Incêndio em Santos começou na última quinta-feira (2) e não foi extinto.
Cetesb apontou ligação entre a morte dos peixes e o incêndio na cidade.
Cerca de sete toneladas de peixes mortos já foram retirados do Rio Casqueiro, em Cubatão (SP), após o incêndio que atingiu seis tanques de combustíveis na região da Alemoa, em Santos, no litoral de São Paulo.
De acordo com a analista ambiental do Ibama, Ana Angélica Alabarce, que acompanha os trabalhos no entorno da área atingida, os animais estão sendo recolhidos para um local adequado.
A coleta ocorre desde a última sexta-feira (3), após milhares de peixes aparecerem junto à sujeira no Rio Casqueiro, que fica no bairro de mesmo nome, em Cubatão.
O local é próximo à região atingida pelo incêndio.
“Estamos nos certificando que esses peixes não serão colocados à venda.
Não podemos confirmar a causa da morte, pois ainda aguardamos laudos para saber se faltou oxigênio ou se a temperatura morna da água pode ter contribuído.
Todo produto está sendo levado por uma empresa contratada pela Ultracargo para um local específico.
Até o momento já foram retiradas sete toneladas”, explica a analista.
Nesta quarta-feira (8), a coordenadora do Ibama também sobrevoou a região e afirmou que a situação está controlada.
“A situação é positiva, já que do alto não conseguimos identificar nenhuma mancha de poluição.
Isso já é um grande avanço”, garante Ana Angélica.
Ela acredita que a redução da mortandade dos peixes aconteça graças às medidas de contenção da água utilizada no combate às chamas.
“Um processo a vácuo tem ajudado a conter essa água que sai do resfriamento dos tanques e está sendo armazenada em um reservatório.
Essa medida tem impedido uma contaminação do canal", reforça a analista.
Na semana passada, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), que analisa amostras, já havia apontado uma relação entre o incidente e mortalidade.
“São alterações de temperatura e saturação de oxigênio. Há uma diminuição significativa de oxigênio na água e o peixe, por não conseguir trazer o oxigênio, acaba morrendo”, diz o gerente da Cetesb, César Eduardo Padovan Valente.
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