Pr. Reinaldo Ribeiro |
De ontem para cá não se fala em outra coisa.
As redes sociais, demais mídias, pessoas ao redor do mundo celebram e várias fotos de perfis estão coloridas, como forma de apoio à decisão da Suprema Corte Norte Americana a favor do chamado "casamento gay".
Em respeito e atenção àqueles que me pediram um pronunciamento sobre o tema, eis aqui alguns pontos:
1. Considero válido o democrático direito à livre expressão.
Sendo assim, eu respeito profundamente o ponto de vista daqueles que aprovam o acontecimento em questão.
2. Como a PL 122 ainda não foi aprovada, acredito que fazer um mero texto com alguns argumentos contra o casamento gay ainda não me reservará uma cela na prisão.
Logo, como não corro risco de ser preso (pelo menos por enquanto) , devo salientar que não concordo com esta prática, mesmo sem ter nada contra a pessoa homossexual.
3. Se o casamento é apenas um contrato social que tem por finalidade repartir o patrimônio conquistado entre um par, não há razão para que não se estenda esse direito para gays ou até mesmo para polígamos.
Mas se o casamento é a instituição que o Estado defende por ser a melhor forma de se criar uma família e um filho em sociedade, não há razão para estender esse direito para qualquer outro grupo, pois casamento seria entre homem e mulher.
4. Num casamento, os dois elementos têm cada um suas características e suas funções.
Uma das atividades inerente ao casamento é o sexo, onde o homem tem a postura ativa e a mulher a postura passiva.
Sem que haja a consumação do casamento com o sexo, o casamento pode ser anulado.
Um homem pode pedir o divórcio alegando que sua mulher lhe nega a conjunção carnal.
Pois bem.
O casamento gay seria apenas uma caricatura do casamento.
Num casamento gay não existem funções definidas ( de ativo e passivo ).
Não existe gene homossexual ativo e passivo.
Logo, é difícil crer que um gay possa pedir o divórcio alegando que seu parceiro lhe nega a conjunção carnal, uma vez que seu parceiro não tem função definida.
Um pode se negar a ter a função ativa e é impossível haver vida sexual sadia com dois elementos passivos.
5. A oficialização do casamento gay gera perseguição contra seus discordantes.
O que pode ocorrer é que muitos homossexuais religiosos se sentirão afrontados quando suas instituições religiosas se negarem, por motivo de crença, a celebrar seu matrimônio.
Patrões e empresas poderão correr o risco de sofrerem consequências caso não queiram empregar homossexuais para determinadas funções.
Homossexuais não poderão ser impedidos de trocarem afetos em lugares públicos, o que pode gerar algum tipo de confusão na cabeça de crianças( de 1 a 6 anos) que verem a cena.
Ao legalizar o casamento gay, o Estado se torna o seu promotor oficial e ativo.
O Estado apela a funcionários públicos para oficializar a nova cerimônia civil, ordena as escolas públicas a ensinar sua aceitabilidade para as crianças e pune qualquer funcionário público que expressa desaprovação.
Na esfera privada, os pais opositores vão ver seus filhos expostos mais do que nunca a esta nova “moralidade”, empresas que oferecem serviços de casamento serão obrigadas a fornecê-los para uniões do mesmo sexo, e proprietários de imóveis terão de concordar em aceitar casais homossexuais como inquilinos.
O Estado vai esperar que os muitos religiosos traiam suas consciências por apologia, através do silêncio ou ato, a um ataque aos seus princípios.
Na Dinamarca, por exemplo, a Côrte Suprema do país já determinou que nenhuma religião pode se negar a casar gays.
Em outros países já é proibido se expressar em espaço público dizendo que a homossexualidade é pecado, pois isso configuraria homofobia.
Hoje mesmo, nos Estados Unidos, existe um cadastro na Califórnia de pessoas que não apoiam o casamento gay, que é usado por empregadores para negar emprego a essas pessoas.
Empresas que são contra o casamento gay (Chicken-Fill-A) sofrem ameaças e boicotes.
Pessoas são taxadas de homofóbicas apenas porque são contra o casamento gay.
Se isso acontece em hoje, imagina o que não acontecerá quando o casamento gay for instituído em larga escala?
Com o passar do tempo, muitos filhos de casais gays vão acabar se sentindo constrangidos quando chegar o dia dos pais e das mães, assim como quando forem preencher um cadastro e lhes forem perguntados os nomes de seus pais e mães.
Logo, uma hora ou outra, os nomes pai e mãe serão substituídos por responsável 1 e responsável 2.
Logo, a função de pai e mãe vão perder importância na sociedade e a família ficará desfigurada.
7. Casamento não é apenas qualquer relacionamento entre seres humanos.
É uma relação enraizada na natureza humana e, portanto, regida pela lei natural.
O Preceito mais elementar da lei natural é que “o bem deve ser feito e buscado e o mal deve ser evitado.”
Por sua razão natural, o homem pode perceber o que é moralmente bom ou ruim para ele.
Assim, ele pode saber o fim ou a finalidade de cada um dos seus atos e como é moralmente errado transformar os meios que o ajudam a realizar um ato em finalidade do ato.
Qualquer situação que institucionaliza a neutralização da finalidade do ato sexual violaria a lei natural e a norma objetiva da moralidade.
A lei natural é universal e imutável.
Ela se aplica a toda a raça humana, da mesma forma.
Obviamente, como cristão e pregador da Palavra de Deus, eu poderia fazer uso aqui de centenas de referências bíblicas que me apoiam na decisão de jamais concordar com o suposto casamento gay, mesmo sem qualquer prejuízo ao meu dever de amar e respeitar essas pessoas.
Mas se vivemos num Estado laico, eis aqui apenas a posição de um cidadão, que não vai colorir sua foto de perfil, porque antes de nadar nas correntezas do engano, prefere seguir e servir a Deus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário