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domingo, agosto 30, 2015

Orientação sexual nas escolas continua sendo tabu, enquanto aumenta a sexualidade precoce dos adolescentes





 

Pudor obsceno




Sete horas da noite. 

As crianças saem do banho e sentam diante da televisão para esperar o lanche. 

A novela ferve. 

Em cena, um casal sob os lençóis. 

A mulher veste baby-doll; o homem apenas uma ceroula. 

Agarram-se com fúria. 

Do lado de cá da telinha, uma menina sorri, meio achando graça, meio sem entender direito. 

No mesmo horário, um casal de adolescentes descobre os primeiros prazeres da transa. 

Encostados em um muro escuro, se divertem sem saber como, nem quando, colocar a tal camisinha. 

Em uma escola do ensino médio, um pouco mais tarde, começam as aulas do período noturno. 

Estamos em uma sala com quarenta alunos do primeiro ano do ensino médio, com idades entre 15 e 20 anos, em uma periferia do Distrito Federal Três adolescentes causam polêmica, frequentam as aulas com um mini-modelo da minissaia da moda, sem calcinha.

As três situações são, de fato, verídicas e presentes em muros, em casas e em uma escola publica da capital do país. 

Poderiam corresponder à história de qualquer adolescente brasileiro, exposto à erotização precoce em novelas, reality shows, programas musicais e quadros de humor. 

Nada de mais se a sociedade fosse, de fato, tão liberada e libertária. 

No entanto, o que se vê é um contraste profundo. 

De um lado a superexposição do corpo e da sexualidade humana. De outro, um moralismo cortante, que impede que o assunto seja discutido profundamente, formando consciências e opiniões. 

Apesar do esforço dos discursos progressistas, faltam atitudes. 

A sexualidade continua um tabu e grande desafio para as escolas, famílias e meios de comunicação. 

Muitos informam, mas poucos educam.

“A mídia toda hora fala para nos prevenirmos e, ao mesmo tempo, é a que mais estimula a falta de prevenção”, desabafa o adolescente Ney Rangel, 17, estudante do terceiro ano do ensino médio de uma escola pública de Brasília. 

E o aluno não fala sem preparo: passou por capacitação em cursos de educação sexual, há dois anos interpreta peças teatrais sobre prevenção a doenças sexualmente transmissíveis (DST), aids e drogas, e enche o peito para falar que hoje é “um multiplicador sexual com certificado e camisinha na mão”.

Mas, mesmo com toda a experiência e formação – que o diferencia dos outros meninos de sua idade – Ney não vê espaço na família, na mídia, na escola ou nas rodas de amigos para uma discussão séria sobre o assunto.

Esse relato talvez seja um retrato do quadro de descuido e desinformação confirmado nas tristes constatações sobre gravidez, doenças sexualmente transmissíveis, drogas e aids entre adolescentes e jovens brasileiros. 

No último ano, pela primeira vez, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) incluiu meninas de dez anos em seus estudos sobre fecundidade. 

Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), a cada 17 minutos nasce um filho de uma jovem com idade entre 10 e 14 anos. 

O número de partos nesta faixa etária cresceu 31% desde 1993. 

A cada minuto, nasce uma criança de mãe com idade entre 15 e 19 anos. Pior: 48% dos abortos previstos por lei são de meninas de 10 a 19 anos.

Os riscos para a saúde do adolescente se apresentam em mais de um índice preocupante: dos 37 mil jovens que foram infectados pela aids, quase metade já morreu. 

“Mesmo diante desses números, a sociedade ainda peca pela omissão, e adolescentes continuam pagando com suas vidas: geram filhos que não podem criar, abortam às escondidas – e nas piores condições – e convivem com doenças que poderiam ser evitadas”, avalia a psicóloga Fabiana Matoso. 

Para ela, as futuras gerações passarão por sérios riscos se a questão não for priorizada e incluída na agenda pública e nas discussões em casa, em sala de aula e em espaços de lazer. (...)


Note que o autor do texto se valeu de outras vozes para construir e valorizar a própria argumentação acerca dos fatos que noticia e sobre os quais emite a sua opinião. 


Ele se valeu das ideias de outras pessoas, entrevistou-as, ou seja, trabalhou para que seu texto tivesse consistência e maior grau de veracidade.

Usa a citação direta como com aspas; usa também a citação indireta, como por exemplo: Ney não vê espaço na família, na mídia, na escola ou nas rodas de amigos para uma discussão mais séria..

As informações sobre a gravidez na adolescência vem ancorada em dados estatísticos do IBGE, o que dá credibilidade aos aspectos abordados pelo autor.

Outra coisa, caro aluno: você observou que interessante o jogo de palavras que foi feito no título da reportagem Pudor obsceno? 

Repare que as palavras se antagonizam à primeira vista, mas depois de ler o texto, dá para entender direitinho o sentido buscado para o título, não?

Nanan Catalão

De Brasília (DF)


Fotos do Google.







Shem Davies tem 29 anos e já é avô

Shem Davies tem 29 anos e já é avô, a filha dele, Tia, de 14 anos, deu à luz este bebezinho.

O pai do bebê é Jordan Williams, de 15 anos.
Shem Davies tem 29 anos e já é av





Alfie Patten, 13, e Chantelle Steadman, 15, são os pais deste bebê.





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