Ana Gabrielle Santos Ferreira foi encontrada morta na quinta-feira (20).
Marcelo Pedroni, de 31 anos, confessou o crime em Conchal e foi detido.
Mãe de criança de 6 anos morta pelo vizinho espera por justiça (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)
Após a morte da filha de 6 anos em Conchal (SP), Suzana dos Santos Ferreira, mãe de Ana Gabrielle Santos Ferreira, afirmou em entrevista que não conhecia o suspeito e espera por justiça.
“Nunca, conhecia de vista, mas nunca tive contato nenhum nunca. [Quero] justiça.
Que ele nunca mais saia da cadeia, apodreça lá dentro.
Minha filha não merecia isso”, falou.
Marcelo Pedroni, de 31 anos, confessou ter matado a criança, além de ter guardado o corpo da menina por cinco dias sob a cama.
O corpo de Ana Gabrielle foi encontrado na quinta-feira (20) em um terreno próximo ao conjunto habitacional CDHU, onde a menina havia desaparecido no dia 15.
A prisão de Pedroni causou revolta na população da cidade, que tentou linchar o suspeito.
O delegado da cidade não descarta a participação de outras pessoas no crime.
A esposa de Pedroni negou envolvimento no crime e afirmou que não percebeu que o corpo estava dentro da casa.
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) deve ser emitido nesta semana, mas o delegado já adiantou que não foram encontradas evidências de estupro.
A família da vítima deve ser ouvida nos próximos dias.
No condomínio onde a menina foi assassinada, os vizinhos estão chocados.
“Isso é um monstro que estava morando perto da gente e não sabíamos.
E fazer uma coisa que a gente imaginava que nunca ia ver, só achava que acontecia longe e acabou acontecendo vizinho da gente”, falou o motorista José Aparecido de Oliveira.
A dona de casa Rogéria Santos conta que o homem sempre foi agressivo.
“Quando bebia, pedia dinheiro, vinha na porta da casa da gente e se não parasse na porta entrava para dentro [de casa].
Era uma pessoa meio esquisita, às vezes brigava e judiava das crianças.
Ele falou para mim ‘quem fez isso não tem coração.
Porque você tem uma filha deficiente eu também tenho.
Essa pessoa é um bicho, um monstro’”, comentou.
“De sábado ele brigava bastante, porque bebia, acho que usava drogas, já discutia bastante.
Tinha um portãozinho que ele passava e batia.
Brigava com todo mundo, discutindo e gritando na rua”, contou outra vizinha do homem, Adriana Simplício.
A polícia, a família e os amigos passaram cinco dias em busca da criança e explicam que o próprio Marcelo Pedroni chegou a ajudar nas buscas.
“Ele foi até a casa da síndica e falou ‘sumiu uma criança, eu tenho uma criança deficiente em casa’.
Ele próprio ligou para a polícia e falou [a mesma coisa, além de pedir por segurança].
Ele falando isso, ele sabia que ele estava com ela lá dentro da casa dele”, explicou a tia de Ana Gabrielle, Rosângela Alves Ferreira.
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