Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

terça-feira, agosto 11, 2015

Termo 'gênero' no Plano Municipal de Educação gera protesto na Câmara

Grupo LGBT pede inclusão do termo e evangélicos criticam medida.
Pista da esquerda do Viaduto Jacareí foi interditada pelos manifestantes

 

Roney Domingos Do G1 São Paulo
Carro de som com ativistas do movimento LGBT participa da manifestação (Foto: Roney Domingos/G1)Carro de som com ativistas dos movimentos católico (à esquerda) e LGBT (à direita) participam da manifestação em frente à Câmara Municipal de São Paulo nesta terça-feira (Foto: Roney Domingos/G1)
 
 
Uma manifestação no início da tarde desta terça-feira (11) interditou o viaduto Jacareí, no Centro de São Paulo, em frente ao prédio da Câmara Municipal. 

Dois grupos distintos protestaram por causa da votação do Plano Municipal da Educação. 

Depois, os manifestantes ocuparam as galerias da Casa para acompanhar a votação do plano.

Saiba mais:

O primeiro grupo é formado pelo movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). 

Eles defendem a inclusão do termo gênero nas escolas paulistanas. 

A cartunista Laerte também estava presente.

Já o segundo grupo, formado por evangélicos do Movimento Cristão, é contra inclusão do termo gênero. 

Os grupos foram separados por gradis na rua e o tráfego de veículos segue pela pista da direita do viaduto Jacareí.

Por volta das 12h, o protesto era pacífico. 

Mas, de acordo com informações do SPTV, mais cedo, os dois grupos teriam gerado uma confusão e invadido o saguão do Palácio Anchieta. 

Dois caminhões de som, um dos católicos, outro dos LGBT, emitem simultaneamente discursos antagônicos e com trocas de acusações.

Os católicos gritam palavras de ordem como "família, sim, gênero, não". 

O padre Paulo Ricardo pede aos católicos para permanecer do lado de fora enquanto a votação acontece dentro da Câmara. 

Um grupo de 80 militantes católicos e outro grupo de 80 militantes LGBT entraram por volta das 15h para acompanhar a votação nas galerias.

A Polícia Militar não divulgou estimativa do número de manifestantes no Viaduto Jacareí.

Cartunista Laerte participa do protesto devido à votação do Plano Municipal da Educação na Câmara Municipal de São Paulo (Foto: Roney Domingos/G1)Cartunista Laerte participa do protesto devido à votação do Plano Municipal da Educação na Câmara Municipal de São Paulo (Foto: Roney Domingos/G1)
 
Texto polêmico.

O projeto que vai a votação nesta terça-feira é o substitutivo da Comissão de Finanças e Orçamento, sem a palavra gênero. 


A discussão sobre gênero chegou a ser incluída pela Comissão de Educação e acabou excluída pela Comissão de Finanças após pressão de religiosos, que se opõem à discussão sobre homossexualidade na escola.

O vereador Eduardo Tuma (PSDB) contrário à questão de gênero, foi vaiado pelo público LGBT e aplaudido pelos católicos. 


O professor e vereador Eliseu Gabriel (PSB), da Comissão de Educação, disse que o plano é um dos pontos mais importantes em votação pela Câmara.  

Ele se posicionou a favor da tolerância e destacou que o PME não se resume à questão de gênero. 

"O que nós vamos votar hoje é a versão da Comissão de Finanças e depois faremos grande esforço pelo consenso, por um só substitutivo."

Gabriel disse que o plano é para dez anos, no mínimo. 

"Tem que ter um plano de longo prazo. 

O grande eixo é a qualidade. 

Tem uma série de metas de qualidade, como por exemplo redução do número de alunos por classe", afirmou.

Relator do projeto na Comissão de Educação, o vereador Toninho Vespoli (PSOL) defendeu aumento da verba destinada à educação nos próximos dez anos. 

"Enquanto não aumentarmos a verba para educação, não teremos educação de qualidade", afirmou. 

Vespoli disse que nada mais fez do que transpor para o plano municipal as metas do plano nacional, formuladas pelo ex-ministro da Educação e atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

"Espero que o ex-ministro Haddad cumpra as metas que ele mesmo estipulou", afirmou. 


Vespoli condenou a pressão de religiosos contra a questão de gênero no PME, disse que essa pressão pode gerar exclusão e preconceito contra gays e lésbicas nas escolas e atribuiu a preocupação dos religiosos à ignorância. 

"Sou católico, mas quem me representa é o Papa Francisco", afirmou.

Rubens Calvo (PMDB) foi vaiado pelo público LGBT e disse que pararia de falar enquanto fosse hostilizado pela galeria. 


Ele foi ofendido por uma pessoa que acompanhava a discussão e respondeu ao xingamento. 

O vereador quebrou um copo ao ser interrompido pela plateia. 

O grupo LGBT ficou de costas enquanto o vereador falava, em sinal de protesto.

O vereador Ricardo Nunes (PMDB), favorável à exclusão da palavra gênero do PME, disse que a questão de gênero ficou fora do Plano Nacional de Educação e da maioria dos planos estaduais e municipais. 


"É inequívoco que tem pessoas usando a questão de gênero para fazer aquilo que a sociedade brasileira não aceita, que é tirar o direito da família de educar", afirmou. 

"Vou votar contra a ideologia de gênero convicto, de alma lavada", afirmou.
Manifestação que pede discussão de gênero em plano de educação (Foto: Warley Leite/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)Manifestação que pede discussão de gênero em plano de educação (Foto: Warley Leite/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)
Manifestantes fazem ato em frente à Câmara de São Paulo (Foto: Leonardo Benassatto/Futura Press/Estadão Conteúdo)Manifestantes fazem ato na Câmara de SP (Foto: Leonardo Benassatto/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Grupos LGBT e evangélicos ocupam galeria da Câmara para acompanhar votação (Foto: Roney Domingos/G1)Grupos LGBT e evangélicos ocupam galeria da Câmara Municipal de SP (Foto: Roney Domingos/G1)
Manifestação por Plano Municipal de Educação interdita via em frente a Câmara Municipal de SP (Foto: Reprodução TV Globo)Manifestação por Plano Municipal de Educação interdita via em frente à Câmara (Foto: Reprodução TV Globo

Nenhum comentário:

Turista de SP é assassinado com um tiro em casa de veraneio invadida por criminosos; VÍDEO Dupla de bandidos pulou o muro do imóvel em Itanhaém e, depois de ameaçar a vítima, disparou contra ela. Os criminosos levaram um celular. Por g1 Santos

16/03/2024 13h29.  Ativar som Ativar som Homem é assassinado com um tiro dentro de casa após invasão de criminosos. Um homem, de 52 anos, fo...