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sábado, setembro 26, 2015

DIÁRIO – Os bastidores da demissão do jornalista Carlos Mendes



Parodiando o célebre chiste sobre as mães, dos barões da comunicação do Pará, assim como dos seus prepostos, pode-se dizer que são todos iguais – mudam apenas de endereço -, com a peculiaridade adicional de que estão, sempre, a uma distância abissal da generosidade materna. 

Esta é a conclusão na qual fatalmente se desemboca, diante do imbróglio do qual foi vítima o jornalista Carlos Mendes, demitido de forma ignominiosa, sob pretextos graciosos, do Diário do Pará, o jornal do grupo de comunicação da família do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Estado, do qual era repórter especial. 

Um dos mais longevos jornalistas em atividade no Pará, com passagens pelos principais jornais do Estado, Mendes, consensualmente reconhecido como um profissional de competência e experiência comprovadas, é correspondente há quase 20 anos de O Estado de S. Paulo, um dos mais importantes jornais da grande imprensa brasileira. 

Indagado sobre as razões ocultas da demissão, ele é objetivo: “Não sei, não faço ideia.” 

Um garimpeiro da informação, obsessivo na busca da notícia, já neste sábado, 18, Mendes colocou no ar o blog Ver-o-Fato, no qual revela, com exclusividade, que um juiz do TJ do Pará, o Tribunal de Justiça do Estado, é acusado de agredir uma testemunha.

A demissão de Mendes, por mais questionável que soasse, seria apenas mais uma, na cíclica razia que atinge as redações, não fosse pelas circunstâncias. 

Na quarta-feira, 15, quando encontrava-se no ambulatório da Unimed, onde lhe aplicavam uma injeção, para combater uma virose, ele foi alcançado por um telefonema do novo diretor de redação do Diário do Pará, Klester Cavalcanti, um jornalista pernambucano, que militou na grande imprensa nacional, importado pelos Barbalho como parte da estratégia que previamente sedimenta a candidatura ao governo estadual, em 2018, de Helder Barbalho, o inexpressivo ministro da Pesca da presidente petista Dilma Rousseff, protagonista de um governo calamitoso, pontuado por recorrentes denúncias de corrupção. 

Um personagem que exibe uma biografia de impecável irrelevância, Helder é filho e pretenso herdeiro político de Jader Barbalho, a mais longeva liderança da história política do Pará, estigmatizado nacionalmente como ícone da corrupção, nódoa que a ele aderiu na esteira de uma súbita evolução patrimonial e de indícios que associam seu nome a tramoias na administração pública.

No telefonema, Klester Cavalcanti comunicou a Carlos Mendes que este estava demitido, a pretexto de que a apuração de suas matérias seriam supostamente superficiais, mas também porque não comparecera à reunião convocada pelo novo diretor de redação do Diário do Pará com os repórteres especiais do jornal. 

Pelo currículo de Mendes, a alegação de desídia profissional soa graciosa, como evidenciam suas reportagens. Quanto a reunião convocada por Cavalcanti, Mendes a ela realmente não compareceu, porque no dia estava no município de Moju, cumprindo uma pauta para o Estado de S. Paulo, do qual é correspondente. Para além dos motivos alegados, as circunstâncias soaram tanto mais ignominiosas porque a demissão foi consumada por telefone, um ultraje que supera os padrões de desrespeito profissional dos barões da comunicação do Pará, incorporados, por osmose, por seus prepostos. 

O imbróglio ainda embute um agravante: Mendes foi contratado diretamente por Jader Filho, o diretor-presidente do Diário do Pará, que não teve, porém, a dignidade de se encarregar de comunicar-lhe a decisão de demiti-lo, em um flagrante desrespeito profissional. 

Um desrespeito condimentado pela covardia moral exibida por Jader Filho, ao não atender o telefonema que lhe foi feito por Mendes, após ser comunicado da decisão.


Fonte: Blog do Barata.

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