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quinta-feira, setembro 10, 2015

Filho de vereador é preso em posto de saúde ao se passar por dentista

Ele foi contratado pela Prefeitura de Várzea Grande (MT) em julho.
Jovem teria abandonado curso e apresentado diploma falso ao CRO-MT.

 

Kelly Martins Do G1 MT
Polícia flagrou falso dentista atendendo em posto de saúde (Foto: Reprodução/TVCA) 
Polícia flagrou falso dentista atendendo em posto de saúde
(Foto: Polícia Civil-MT)
Um servidor contratado pela Prefeitura de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, e que atuava como dentista no Posto de Saúde Manaíra, foi preso por exercício ilegal da profissão, falsificação de documento e uso de diploma falso. 

Joilton da Silva Gusmão, de 24 anos, foi preso quando atendia um paciente na unidade, localizada no Bairro Boa Esperança, nesta quinta-feira (10). 

Ele é filho do vereador da cidade, Hilton Gusmão (Pros).

No momento da prisão, o advogado dele, Jhonatan Gusmão, informou que iria tomar conhecimento das investigações para então decidir as medidas que seriam tomadas. 

Segundo ele, o suspeito, que é irmão dele, estudava odontologia em uma universidade da capital, mas não soube informar se ele tinha concluído o curso. 

Na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), o vereador e pai do acusado também disse que não tinha conhecimento do motivo da prisão.

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que o servidor já foi afastado da função. 

A prisão ocorreu pelos policiais da delegacia após denúncia feita pelo Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT).
 
 
 

A delegada Cleibe Aparecida de Paula contou que foram feitas busca e apreensão de documentos na Prefeitura Municipal, no setor de administração, na Secretaria de Saúde e também na residência do servidor. 

“Recebemos a informação do Conselho de que os documentos apresentados pelo servidor eram grosseiros e com indícios de irregularidade. 

Investigamos o caso, fomos com câmera escondida até o local onde ele trabalhava e o jovem sempre se apresentava como dentista. 

Buscamos pelos documentos dele na administração municipal para averiguar a contratação”, relatou.

Ela disse também que durante depoimento, Joilton constestou a informação e negou ter falsificado o diploma. 

“Ele alega que o documento é idôneo, embora bastante grosseiro”, pontuou. 

O jovem também foi flagrado prescrevendo receitas aos pacientes. 

Como o posto de saúde ainda está sem os equipamentos cirúrgicos, a polícia aponta que o falso dentista não teria feito nenhum procedimento deste tipo.
Documentos foram apreendidos na prefeitura e na casa do servidor contratado (Foto: Reprodução/TVCA) 
Documentos foram apreendidos na prefeitura e na casa do servidor contratado (Foto: Reprodução/TVCA)

Ex-universitário.

O suspeito está na Defaz e a polícia não informou para onde deverá ser transferido. 

Ao G1, o presidente do Conselho Regional de Odontologia, Luiz Evaristo Ricci Volpato, explicou que o servidor esteve na diretoria do CRO no mês de julho em busca do documento para exercer a profissão. 

Na ocasião, segundo Volpato, ele apresentou o falso diploma com assinatura de uma universidade particular da capital e conseguiu a carteirinha provisória.

“Depois disso, recebemos a informação de que o jovem era estudante de odontologia, mas já havia abandonado o curso há algum tempo. 

Ele não se formou na área e estava trabalhando. 

Além disso, o diploma apresentado era de uma universidade da capital e ele estudava em uma de Várzea Grande”, relatou, ao destacar que a universidade confirmou que o documento apresentado era falso. 

Após isso, o Conselho encaminhou o caso para a Polícia Civil.
Delegacia recolheu documentos no prédio da prefeitura de Várzea Grande (Foto: Polícia Civil/ MT)Delegacia recolheu documentos no prédio da prefeitura de Várzea Grande (Foto: Polícia Civil/ MT)


A Delegacia Fazendária também apreendeu documentos relacionados à contratação da irmã de Joilton, que atua como enfermeira no pronto-socorro municipal. 

Nesse caso, a delegada frisa que não há denúncia de falsificação, porém, vai analisar os documentos. 

Ela não foi presa e não há investigação contra a servidora.

Por meio de nota, a Prefeitura Municipal informou que os dois servidores foram contratados temporariamente para o setor da Saúde e que ambos já foram afastados das funções até que a investigação seja concluída.

Também determinou a abertura de processos administrativos disciplinares para verificar se houve falsificação de documento que comprove exercício irregular de profissão por parte dos contratados. 

Além disso, a administração municipal garante que está colaborando com a Polícia Civil nas investigações.
Imagem mostra delegada verificando documentos (Foto: Polícia Civil/ MT)Imagem mostra delegada verificando documentos (Foto: Polícia Civil/ MT)

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