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segunda-feira, setembro 21, 2015

Suposto operador do PMDB na Lava Jato se entrega à polícia no Rio



 João Augusto Rezende Henriques.

Mandado contra João Henriques faz parte da 19ª fase da operação.


Nesta segunda-feira (21), também foi preso um dos donos da Engevix.

 



Do G1 PR
 

João Rezende Henriques, apontado pela Operação Lava Jato como o maior operador de propina na Diretoria Internacional da Petrobras, se entregou na Superintendência da Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro no início da tarde desta segunda-feira (21). 

O mandado de prisão temporária contra ele foi expedido na 19ª fase da operação, deflagrada nesta manhã.

Nela também foi cumprido mandado de prisão preventiva – sem prazo determinado – contra José Antunes Sobrinho, um dos donos da Engevix. 

Ele é investigado por ter pago R$ 140 milhões de propina da empresa para a Eletronuclear. 

Sobrinho foi preso em casa, em Florianópolis, e chegou à sede da PF, em Curitiba, no início desta tarde.

Esta nova etapa da Lava Jato representa um avanço nas investigações da 15ª, 16ª e 17ª fases e está associada ao pagamento de propina a partir de contratos na Eletronuclear.

 
PMDB.

A Polícia Federal associa o nome de João Henriques ao PMDB, uma vez que ele agiria como operador do partido.

“Esse operador é investigado por intermediar o pagamento de propinas com destaque, especificamente, por um contrato de compra de navios-sonda pela Petrobras no valor de mais de 1,8 bilhão de dólares, em que a propina ultrapassa 30 milhões de dólares. 


Há um indicativo do envolvimento do PMDB, até por ser um partido que vem sendo mencionado quando se diz respeito a diretoria Internacional”, disse o delegado Igor Romário de Paula.
A direção do PMDB afirma que jamais autorizou ninguém a agir como intermediário, lobista ou operador junto à Petrobras.
 
Contato com testemunhas
Sobre a prisão de um dos donos da Engevix, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que José Antunes Sobrinho entrou em contato com testemunhas da Lava Jato para alterar a verdade.

A propina paga pela empresa para a Eletronuclear teria ocorrido por meio de contratos da Engevix com a estatal entre 2011 e 2013. 

De acordo com o MPF, Sobrinho realizou pagamentos de propina já com a operação em curso. 

O destinatário do dinheiro seria Othon Luiz Pinheiro, ex-diretor-presidente da Eletronuclear, que está preso em um quartel de Curitiba.

"Ele [Sobrinho] fez movimentações em janeiro de 2015, inclusive, quando outro diretor da Engevix estava preso. 

Isso demonstra o quanto eles não têm limites nas suas operações", disse o procurador Carlos Fernandes Santos Lima.

Réus.

Tanto Sobrinho quanto Henriques já são réus em ações penais oriundas na Lava Jato que tramitam na primeira instância da Justiça Federal em Curitiba.


Sobrinho responde pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro na mesma ação que envolve o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, referente a 17ª fase da operação.

Já Henriques responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na mesma ação em que Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da área Internacional da Petrobras. As acusações partiram da 15ª fase da Lava Jato.

Esquemas conexos
De acordo com o MPF, o Mensalão, o Petrolão e os casos de corrupção descobertos na Eletronuclear estão ligados.


Carlos Fernandes Santos Lima disse que os esquemas são conexos, e que as autoridades trabalham com a hipótese de que tudo começou na Casa Civil, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando Dirceu comandou a pasta.

Procurado pelo G1, o advogado do ex-ministro, Roberto Podval, deu apenas uma declaração. 

“Ainda bem que Cristo não morreu agora, porque, senão, para o procurador, seria o José Dirceu”. 

O Instituto Lula não se manifestou sobre a fala do procurador Carlos Fernandes.
Edinho Silva, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, disse que em nenhum momento as investigações em curso fazem qualquer menção à Casa Civil do governo da presidente Dilma Rousseff.

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