Governador Simão Jatene afirma acordo com a ONU-Habitat

 
Amigas e amigos,

Aprender com o passado para construir um futuro melhor é uma preocupação que nos acompanha há muito tempo, e essa semana demos alguns passos importantes nessa questão, especialmente, pela forma como tem sido implantados os chamados grandes projetos no Estado.

Jamais escondi minha avaliação de que esses empreendimentos, ainda que tenham servido muito ao País - e que bom que assim seja - em contrapartida e lamentavelmente pouco ou quase nada tem contribuído para o efetivo desenvolvimento estadual e melhoria dos indicadores sociais e de qualidade de vida.

Foi pois na busca de parcerias que nos ajudem a construir um novo padrão de ocupação do território, no qual esses projetos sejam também indutores do desenvolvimento sub regional e das populações locais, que firmamos recentemente um acordo com a ONU-Habitat, que é a agência da Organização das Nações Unidas voltada para a questão da sustentabilidade e desenvolvimento dos aglomerados humanos.

Para nossa satisfação, a agência selecionou três estados no Brasil para desenvolver um trabalho conjunto e dentre eles o Pará, a partir do que identificamos como prioridade a região do Tapajós, na qual já estão em implantação alguns projetos logísticos para escoamento da produção do Brasil central, e ainda estão previstos investimentos que somam mais de 40 bilhões de dólares, dentre os quais a implantação de várias hidrelétricas, que certamente impactarão profundamente o ambiente e a vida na região.

Assim, esta semana tivemos a satisfação de receber o diretor da ONU-Habitat para América Latina e o Caribe, Elkin Velasquez, e mantivemos uma série de reuniões com o setor produtivo e prefeitos da região para expor o estágio dos trabalhos e os próximos passos.

Os encontros tem sido extremamente produtivos, especialmente por contribuírem para consolidar a idéia de buscarmos alternativas que garantam que, paralelamente e até antecipando a implantação dos empreendimentos, sejam desenvolvidas ações que preparem as regiões, ajudando a minimizar os impactos negativos e criando as sinergias necessárias para que eles se constituam vetores de desenvolvimento.

Resta pois seguir em frente e perseverar, na certeza de que a história não está pré-escrita, e o futuro depende de nós.