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sábado, novembro 28, 2015

Amazônia deve perder mais de 30% das árvores até 2050, diz pesquisa

Artigo estima que espécies arbóreas estão ameaçadas de extinção.

Estudo teve a participação de 158 pesquisadores do mundo todo.

Paula MonteiroDo G1 AP
Devastação da floresta Amazônica é tema de documentário (Foto: Arquivo Pessoal/Chico Batata) 
Estudo aponta declínio de árvores na Amazônia (Foto: Arquivo Pessoal/Chico Batata)
 
A Amazônia poderá perder entre 36% e 57% das árvores até 2050, segundo estudo publicado em artigo no dia 20 de novembro, com o título "Estimating the global conservation status of more than 15,000 Amazonian tree species".

O trabalho foi realizado por 158 pesquisadores de várias partes do mundo, e mostra a fragilidade no sistema de proteção da maior floresta tropical.
Segundo o pesquisador do Instituto de Pesquisas do Amapá (Iepa), Marcelo Carim, um dos autores do artigo, o estudo indica que a Amazônia pode abrigar mais de 15.000 espécies arbóreas, dentre as quais de 36% a 57% estão globalmente ameaçadas, em decorrência do desmatamento e uso indevido das terras.

“Os mecanismos de degradação são muito intensos.

Até 2050 vamos perder mais de 30% de espécies de árvores da Amazônia, o que significa 8.600 espécies de árvores.

Um dos principais fatores para essa situação está relacionado ao desmatamento e uso indevido da terra, a exemplo da exploração excessiva do palmito”, falou Carim.

O artigo também aponta que mais da metade de todas as espécies arbóreas da Amazônia, a mais diversa floresta do mundo, podem estar globalmente ameaçadas, e sugere que parques, reservas e terras indígenas, se bem gerenciados, podem proteger a maioria das espécies ameaçadas.
Pesquisador Marcelo Carim (Foto: Paula Monteiro/G1) 
Pesquisador Marcelo Carim
(Foto: Paula Monteiro/G1)
 
O pesquisador lembra que nem mesmo o Amapá, por possuir mais de 70% de seu território considerado como área de proteção ambiental, está livre da degradação. 

Ele diz que tudo está ligado à biodiversidade: árvores, animais e plantas, e que qualquer alteração pode afetar negativamente o ecossistema.

“Não se trata apenas de árvores, é uma cadeia toda envolvida.

Quando se trata de floretas há vários grupos biológicos que interagem entre si e podem também ser ameaçados”, afirmou

.
Em 2013, o primeiro estudo do grupo de pesquisadores abordou a hiperdominância da Amazônia, onde foi concluído que havia cerca de 15 mil espécies de árvores na região. 

A pesquisa vai servir para a aplicação de políticas adequadas para o uso da floresta, segundo Carim. 

“O artigo subsidiará um estudo padronizado sobre a floresta amazônica para alimentar uma rede de informações sobre a vegetação na região e visa entender de forma global como os processos de pesquisa estão acontecendo e funcionando. 

Até então, tínhamos muitas informações isoladas”, finalizou o pesquisador.

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