Quem já não ouviu a história do rei Davi, que mandou o seu soldado Urias para a guerra para ficar com a mulher dele, Bateseba?
E de Cléopatra, que traiu Júlio Cesar com Marco Antônio?
O tempo passou, se modernizou e com as mudanças veio a tecnologia.
Hoje, muitas relações extraconjugais começam ou acontecem por meio da internet, que se tornou uma ferramenta para os casos paralelos, culminando na chamada traição virtual.
Atualmente, para começar a trair não é preciso mais do que dez minutos.
No mundo virtual, além da vontade, é preciso apenas criar um perfil, que na maioria das vezes é falso, em um site de relacionamento para começar a receber mensagens de pessoas interessadas em encontros casuais e com garantia de prazer absoluto (leia nesta página).
Com a promessa de sigilo, o conforto de estar fechado em um ambiente e protegido pelo anonimato, homens e mulheres estão cada vez mais recorrendo a redes sociais como Facebook, Orkut, Badoo e até mesmo ao Skype e MSN para encontrar novos parceiros ou reencontrar antigas paixões com intenção de viver relações paralelas.
Com a vinda para o Brasil em 2011 de sites especializados em traição, como o americano Ohhtel, o canadense Ashley Madison e o holandês Second Love e ainda a popularização da internet, que, na última década, teve um crescimento de quase 400% em números de usuários, é comum
As justificativas para as aventuras online vão desde curiosidade para saber como seria uma traição virtual até mesmo por motivos como vingança, solidão, fuga da rotina e da monotonia de uma relação monogâmica.
É o caso de um jornalista, que terá o nome preservado.
Ele é casado e mantém relações extraconjugais por se sentir sozinho.
Esse jornalista conta que entra na rede para
“Levo na brincadeira, é algo mais irresponsável”, disse.
Mas, ele reconhece que relações virtuais é traição do mesmo jeito e por isso, diz que não usa perfil falso nas redes de relacionamento e procura deixar claro para a outra pessoa a sua condição de casado, para que não haja envolvimento.
“Procuro não estabelecer vínculos, por isso, os
Cumplicidade.
O jornalista conta que nem todos os contatos virtuais evoluem para um relacionamento.E quando se encaminha para isso, alguns cuidados são tomados, como o uso da webcam.
“As relações não acontecem nas primeiras tecladas.
É necessário cumplicidade, conhecer o outro, fazer uma amizade, assim como no mundo físico”, disse.
Ele afirma ainda que, apesar de usar as redes sociais para relações paralelas, faz questão de preservar o seu casamento e por isso não utiliza o MSN pessoal, tem outro telefone e costuma apagar o histórico das páginas visitadas do seu computador.
“Tomo todos os cuidados necessários, porque a minha mulher não merece isso”, afirmou.
Jornalista experimenta cadastro em site de traição
Para fazer essa reportagem decidi que era importante ver como funcionam os sites de traição, especialmente os que vieram para o Brasil no ano passado e já possuem mais de 740 mil brasileiros inscritos.O cadastro é gratuito.
Ao entrar no site Ohhtel, a home já chamou a minha atenção, pois no alto pode-se ler “total discrição e aventuras perfeitas”.
Criei um perfil com um apelido e com informações que em nada me identificam e sem foto.
O próximo passo foi fazer uma seleção do que estava à procura.
A maioria dos perfis é feita com apelidos, sem fotos, e de pessoas casadas, que se justificam dizendo que estão infelizes, gostam de aventuras e fortes emoções ou mesmo que estão à procura de outros relacionamentos porque seus parceiros não gostam de sexo.
Após a seleção foram menos de 10 minutos para que três mensagens chegassem à caixa, todas de homens querendo relações paralelas e com convite para ver as fotos privadas.
Até o fechamento dessa reportagem, na quinta-feira (1º), foram oito candidatos a amante, que propunham aventuras inesqueciveis e prazerosas.
Com essa experiência pude perceber como é fácil, se a pessoa realmente está interessada, trair o seu parceiro virtualmente e até mesmo pessoalmente, pois os convites propunham inclusive encontros.
Homem é quem mais procura
Homens e mulheres casados ou comprometidos que fazem perfil em um site de relacionamento, entram em salas de bate-papo, trocam mensagens com desconhecidos ou se exibem sensualmente em uma webcam traindo seus parceiros, segundo a doutora em psicologia Marilda Coelho.Para ela, o
“Há um rompimento da lealdade e as pessoas ficam magoadas quando se sentem vítimas”, disse.
Personagens são criados para mascarar identidade
A sexóloga Eveline Novacki diz que o número de pessoas que buscam relações paralelas na internet é crescente porque elas podem ser o que quiserem e com isso não vencem as suas dificuldades.
“Geralmente essas pessoas têm problema de autoestima baixa, falta de autoconfiança e acham mais fácil um encontro virtual, pois em uma relação física teriam que enfrentar os conflitos do relacionamento”, afirmou.
Eveline Novacki alerta para o cuidado de não transformar essas relações virtuais em uma depedência.
Segundo ela, os casos extraconjugais roubam a energia, exigem investimento emocional e sexual e acabam por prejudicar os relacionamentos físicos.
“Já atendi a casos de pessoas que só conseguiam se relacionar no mundo virtual.”
A especialista diz que, em relacionamentos reais, em que os parceiros se conhecem, é possível identificar algumas mudanças de comportamento quando há traições.
“A intuição já nos diz tudo, mas se pode perceber o padrão evitativo e o comportamento defensivo, por exemplo.
Mas, isso não é regra, pois algumas pessoas, especialmente os homens, conseguem ter relações paralelas por algum tempo sem levantar suspeitas”, disse Eveline Novacki.
Marilda Coelho afirma que, muitas vezes, as pessoas optam pelo virtual porque o seu relacionamento está com problemas e para não romper vínculos, buscam subterfúgios e fazem da traição uma válvula.
“No mundo virtual pode-se projetar o que há de bom no outro, vive-se um personagem”, disse.
A especialista ressalta ainda que há diferenças entre o homem e a mulher.
Segundo ela, por ser mais visual, o homem muitas vezes não se contenta em ficar apenas no virtual e faz da internet apenas um caminho para a traição real.
Já a mulher, não precisa concretizar a relação e às vezes não tem nem vontade.
“A mulher tem medo de não corresponder ao personagem que criou e passa a viver o complexo de Cinderela virtual, idealizando o príncipe que encontrou”, disse Marilda Coelho.
COMENTÁRIO:
Os inúmeros casos de mulher e homem safados e adúlteros nas redes sociais e principalmente no Facebook, traindo seus cônjuges não só virtualmente (praticando sexo virtual), como também fisicamente depois que marcam encontros pessoais em qualquer lugar de uma cidade, está virando uma uma epidemia no mundo e principalmente no Brasil, que tem sido um campo fértil para essa proliferação de relacionamentos extra conjugais.
Não sou nenhum moralista e tão pouco puritano, mas na minha opinião, quando um relacionamento conjugal não está dando mais certo, a sinceridade e a transparência entre o casal é o que devem prevalecer.
Ninguém está obrigado a continuar vivendo com alguém, se o amor que deve ser a motivação maior para um matrimônio entre um homem e uma mulher, se acabou, nessa hora, um deve chegar para o outro e confessar que não dá mais para ambos viverem debaixo do mesmo teto apenas se "tolerando".
O que eu fico indignado é com o cinismo e a falta de caráter de quem vive traindo seu cônjuge como se nada tivesse errado na sua vida e ainda fica dando uma de MORALISTA e PURITANO perante a sua família e a sociedade.
"E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.
Valter Desiderio Barreto - Jornalista, escritor, e servo do Senhor e Salvador Jesus Cristo.
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