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sábado, abril 30, 2016

Mais de 70 indígenas das etnias Tembé, Gavião e Surui Aikewara receberam, seus diplomas e a outorga de grau da Primeira Turma de Licenciatura Intercultural Indígena da Uepa.






"Amigas e amigos,

As tarefas dos últimos dias não tem permitido uma atualização mais frequente deste espaço, como gostaríamos e a linguagem daqui assim o exige. 

No entanto, não poderia deixar de resgatar e registrar dois momentos vividos recentemente que são significativos pois apontam para o futuro, colocando na prática o esforço em valorizar o conhecimento, nas suas mais variadas possibilidades.

Foi absolutamente emocionante a solenidade da qual tive a honra de participar, quando mais de 70 indígenas das etnias Tembé, Gavião e Surui Aikewara receberam, exatamente no Dia do Índio, seus diplomas e a outorga de grau da Primeira Turma de Licenciatura Intercultural Indígena da Uepa. 

Na entrada, cânticos, danças e olhares variados. 

Dos que entravam vestidos de becas e cocar, o brilho no olhar característico daqueles que sabem o esforço que fizeram para estar ali e conseguem aproveitar cada segundo. 

Dos mais velhos, um olhar marejado, carregado de orgulho e emoção. 

Dos mais novos, a expressão que revelava admiração e o desejo de, um dia, estar ali também. 

E isso será sim possível, pois esta foi apenas a primeira turma a se formar, após vencermos todos pré-conceitos e dogmas que muitos tiveram quando decidimos implantar esse curso. 

Estes professores, certamente, vão incentivar outros e com isso fortalecer o conhecimento, respeitando a história, as tradições e a memória, valorizando nosso povo, nossa gente, em toda sua diversidade.

Amigas e amigos,

Também há alguns dias atrás, a pesquisa ganhou outro impulso. 

Lançamos um conjunto de editais em apoio a redes de pesquisa regionalizadas e a eventos científicos, além de bolsas de auxílio à pesquisa, que somados chega a R$18 milhões de investimentos nessa área fundamental para a construção de uma nova realidade, uma vez que sem ciência, tecnologia e inovação nós não seremos capazes de superar de forma sustentável os grandes desafios que estão postos, como a redução da pobreza e desigualdade.

Alguns podem até estranhar e questionar esse investimento, através da Fapespa e da Secti, nesse momento de crise econômica que estamos passando, crendo que diante de tantas urgências e emergências esse tipo de ação poderia ficar para depois.

É verdade que a crise nos impõe urgências, mas isso não pode nos afastar do pensamento e do comportamento estratégico de que nenhuma crise é eterna. 

Teremos um dia seguinte após a crise e temos que nos preparar sempre para o dia posterior, a fim de que estejamos então numa condição melhor do que aquela que nos levou até a própria crise. 

Esse é o esforço que o Pará tem feito, não só o governo, mas toda sua gente, toda a sociedade.

Na oportunidade, pedi aos pesquisadores presentes que eles não percam a capacidade de ousar, de romper os limites e barreiras. 

Estou convencido que se nós não nos dermos o tempo e o direito de tentarmos o impossível, nós jamais saberemos o que é possível. 

E que possamos incentivar, cada vez mais, essa determinação, coragem e ousadia em fazer pesquisa e gerar conhecimento na Amazônia e pelos amazônidas, respeitando nossas gerações, tradições e vocações".

Governador do Pará Simão Jatene.



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