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terça-feira, maio 17, 2016

PT aprova resolução com críticas ao governo Dilma e ao próprio partido

Resolução foi discutida em reunião do Diretório Nacional nesta terça-feira.
Para partido, operação Lava Jato tem papel crucial em 'escalada golpista'.

 

Fernanda Calgaro Do G1, em Brasília

No primeiro encontro após o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República, o Diretório Nacional do PT divulgou nesta terça-feira (17) uma resolução em que faz críticas ao partido e ao governo de Dilma. 

Apesar de afirmar que o processo de impeachment é um "golpe sem base legal",  documento diz que é preciso avaliar "de forma autocrítica, os erros cometidos" pelo partido e pelos governos petistas.

No documento, o partido critica o que chama de “esgotamento do modelo econômico” e as alianças partidárias do governo de Dilma. 


A resolução também afirma que a operação Lava Jato desempenhou "papel crucial na escalada golpista".

Saiba mais

"[A operação Lava Jato] configurou-se paulatinamente em instrumento político para a guerra de desgaste contra dirigentes e governantes petistas, atuando de forma cada vez mais seletiva quanto a seus alvos", 

diz o texto, que foi discutido em dois dias de reuniões da cúpula da legenda em Brasília e deverá trazer mais de 30 pontos.

"O avanço do movimento golpista, no entanto, somente poderá ser corretamente entendido se avaliarmos, de forma autocrítica, os erros cometidos por nosso partido e nossos governos", diz a resolução.


Alianças e financiamento de campanha.

O documento afirma que o partido foi “contaminado pelo financiamento empresarial de campanhas” e acabou envolvido “em práticas dos partidos políticos tradicionais, o que claramente afetou negativamente nossa imagem e abriu flancos para ataques de aparatos judiciais controlados pela direita”.

Além disso, a avaliação dos petistas é que, uma vez no poder, a legenda não se dedicou, com a “devida atenção e perseverança”, a costurar uma aliança estratégia com partidos populares e movimentos sociais.

“Acabamos reféns de acordos táticos, imperiosos para o manejo do Estado, mas que resultaram num baixo e pouco enraizamento das forças progressistas, ao mesmo tempo em que ampliaram, no arco de alianças, o poder de fogo de setores mais à direita”, afirma o documento.

Desequilíbrio fiscal e ausência de reformas.


Outra autocrítica feita pelo PT é a demora para perceber o “esgotamento” do modelo econômico que vigorou de 2003 a 2010. 


“O desequilíbrio fiscal recolocou o país em uma encruzilhada: acelerar o programa distributivista, como havia sido defendido na campanha da reeleição presidencial, ou aceitar parcialmente a agenda do grande capital”, pondera a legenda, ressaltando que o governo acabou optando pelo segundo caminho.

Em outro trecho, o documento diz que o PT incorreu “em um equívoco político” ao não tomar a frente de “tarefas fundamentais como a reforma política, a reforma tributária progressiva e a democratização dos meios de comunicação".

Para os dirigentes petistas, “apesar dos esforços constantes” para “corrigir estes desvios”, ficou claro que “suas sequelas debilitaram o PT e fragilizaram o conjunto da esquerda frente à escalda golpista”.

O PT defende que, diante do afastamento de Dilma, a sigla articule uma combinação “de todos os tipos de ação massiva e combate parlamentar para inviabilizar” as medidas “impopulares” do governo do presidente em exercício, Michel Temer, de modo a “denunciar seu caráter ilegal e impedir sua consolidação no comando”.

O partido propõe que Dilma, caso reassuma a presidência, apresente um compromisso público para uma ampla reforma política e medidas que retomem o desenvolvimento. 


Ao final da reunião desta terça, o PT também deverá divulgar outro documento com diretrizes para as alianças políticas nas eleições municipais. 

A orientação é que sejam priorizadas as legendas que deram apoio a Dilma durante o processo de impeachment.

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