Investigadores que analisaram as quase sete horas de gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro e ex-senador Sérgio Machado com caciques do PMDB estão espantados com o conteúdo das conversas.

Além das gravações com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), ex-ministro do Planejamento, também há áudios feitos por Sérgio Machado com outros interlocutores, inclusive deputados considerados "satélites" pelos investigadores. 

Essas outras gravações reforçam os diálogos com os três caciques do PMDB.

Sérgio Machado apresentou aos investigadores todas as gravações feitas com os peemedebistas há pouco mais de duas semanas, quando iniciou as negociações para fazer a delação premiada.


As conversas foram realizadas antes da abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff e algumas, antes da convenção do PMDB.

Quem teve acesso completo ao conteúdo, ressalta que os caciques do PMDB do Senado tentavam fechar um acordo amplo, incluindo o PT, para "zerar" o jogo da Operação Lava Jato.

Nos diálogos, o PT era considerado essencial para fechar o acordo. 

Por isso, as citações sobre a necessidade de resolver a situação do ex-presidente Lula, que na ocasião, temia ser preso pela Lava Jato.