PGR pediu prisões de Renan, Jucá, Cunha e Sarney, todos do PMDB.
Motivo é suposta obstrução da Operação Lava Jato. Políticos negam.
Renan RamalhoDo G1, em Brasília
Para o ministro, o vazamento representa "abuso de autoridade".
“Na verdade tem ocorrido.
Vamos dizer claramente, e aconteceu inclusive em processo de minha relatoria, processos ocultos, que vêm como ocultos e que vocês [imprensa] já sabem, divulgam no Jornal Nacional, antes de chegar no meu gabinete.
Isso tem ocorrido e precisa ter cuidado.
Porque isso é abuso de autoridade claro”, disse Gilmar Mendes em conversa com jornalistas, ao ser questionado se era grave o pedido de prisão de Renan Calheiros, que também é presidente do Congresso.
O ministro fez referência aos processos ocultos, ações que tramitavam sob o mais alto grau de sigilo no tribunal, que não não apareciam sequer no sistema de consulta público.
Saiba mais:
“Então é preciso ter muito cuidado com isso.
E os responsáveis têm que ser chamados às falas.
Não se pode brincar com esse tipo de coisa.
‘Ah, é processo oculto’, pede-se sigilo, mas divulga-se para a imprensa que tem um processo aqui, um inquérito, Isso é algo grave.
Não se pode cometer esse tipo de… Isso é uma brincadeira com o Supremo.
É preciso repudiar isso de maneira muito clara”, afirmou Gilmar Mendes em seguida.
Questionado se a Procuradoria Geral da República (PGR) estaria por trás dos vazamentos, Gilmar Mendes respondeu: “Quem estiver fazendo isso está cometendo crime, certo?”.
Ao deixar sessão do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF), nesta terça, o procurador-geral da Republica, Rodrigo Janot, disse apenas: "Não confirmo nada".
Relator da Operação Lava Jato no STF e dos pedidos de prisão, o ministro Teori Zavascki não quis falar com a imprensa quando entrou para a sessão de julgamentos.
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