Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

sábado, junho 04, 2016

Operação Kratos prende vereadores por associação criminosa em Rosana

Políticos faziam esquema de compra da presidência da Câmara, diz polícia.
Os quatro parlamentares também responderão por denunciação caluniosa.

Mariane PeresDo G1 Presidente Prudente
Vereadores foram presos pelo crimes de associação criminosa e denunciação caluniosa (Foto: Reprodução)Vereadores foram presos pelo crimes de associação criminosa e denunciação caluniosa (Foto: Reprodução)
 
Na manhã deste sábado (4), em Rosana, a Operação Kratos, realizada pela Polícia Civil, cumpriu os mandados de prisão de quatro vereadores do município: Cícero Simplício (PTB), Filomeno Carlos Toso (PTB), Valdemir Santana dos Santos (PPS), conhecido como Demir da Gleba, e Walter Gomes da Silva (SSD). 

De acordo com o delegado responsável, Everson Contelli, os parlamentares responderão pelos crimes de associação criminosa e denunciação caluniosa. 

Os políticos já estavam afastados do cargo por determinação judicial desde janeiro deste ano por conta da Operação Devassa.

Conforme Contelli, as investigações contra os vereadores tiveram início ainda durante a Operação Devassa, que apurava o desvio de recursos públicos de diárias de viagem. 

“Estas prisões são decorrentes de outros inquéritos que surgiram durante a outra investigação [Operação Devassa], na qual também era apurada a compra da presidência da Câmara Municipal pelos vereadores”, explicou.

Ação da polícia teve início às 4h deste sábado (4) (Foto: Katiuscia Reis/Tv Fronteira)Ação da polícia teve início às 4h deste sábado (4) (Foto: Katiuscia Reis/Tv Fronteira)

Diante disso, a polícia passou a ouvir os parlamentares suspeitos. 

“Nas oitivas, estes quatro vereadores disseram que, na verdade, quem havia feito o esquema de compra da presidência da Câmara era a prefeita, Sadra Kasai [PSDB]. 

Por conta dessa informação, a Delegacia Seccional de Presidente Venceslau passou a investigar a conduta da prefeita por possível corrupção”, ressaltou o delegado.

Foi então que houve a conclusão de que Sandra Aparecida de Souza Kasai não estava envolvida no esquema. 

“Esse inquérito foi concluído no dia 18 de maio e comprovou que a prefeita não havia praticado o crime, mas, sim, os quatro vereadores. 

Acreditamos que essas pessoas, em forma de defesa para si, acabaram imputando o crime a ela”, afirmou Contelli.

Saiba mais:

O cumprimento de mandados de prisão teve início às 4h deste sábado (4), sendo que dois vereadores foram detidos na zona rural e dois na zona urbana de Rosana. 

“Eles não resistiram à prisão e foram conduzidos à Delegacia Seccional de Presidente Venceslau. 

Os quatro homens estão afastados de seus cargos e, assim que ouvidos, devem ser removidos à Cadeia da mesma cidade”, finalizou o delegou o delegado.

A prisão dos autores foi decretada como temporária de cinco dias, segundo a Polícia Civil.

As equipes contaram com cerca de 15 policiais civis.

A prefeita
 
A prefeita Sandra Aparecida de Souza Kasai (PSDB) afirmou ao G1 que o resultado das investigações "demonstra a falta de compromisso desses quatro vereadores com o município de Rosana".

"Com isso, a verdade vem à tona. 


Além dos danos causados ao erário e dos escândalos em rede nacional, eles ainda tentaram denegrir a minha imagem. 

Senti-me acuada por esses vereadores pela forma como agiam. O administrador público não pode ser refém deste tipo de situação", declarou a prefeita ao G1.

Operação Devassa

 
Em janeiro deste ano, a Justiça afastou dos cargos cinco vereadores e quatro funcionários da Câmara Municipal de Rosana.


Todos são alvos de uma ação penal do Ministério Público Estadual, que os acusa da prática do crime de peculato. 

A denúncia da Promotoria de Justiça é de que eles desviavam para o proveito próprio recursos públicos de diárias de viagens. 

Os gastos entre os anos de 2014 e 2015 totalizaram mais de R$ 340 mil, segundo o MPE, que também ajuizou contra os envolvidos uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa.

No dia 25 de janeiro, a Polícia Civil e o MPE realizaram a Operação Devassa, que cumpriu mandados judiciais de busca e apreensão nas casas dos envolvidos. 


Foram recolhidos celulares, computadores, agendas e R$ 3,5 mil em dinheiro.

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...