Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

segunda-feira, julho 18, 2016

Juiz explica por que 900 presos vão deixar prisões do RJ sem tornozeleira

Segundo ele, reincidência com ou sem tornozeleira é semelhante.
Presos que atendem requisitos objetivos são beneficiados pela decisão.

Do G1 Rio
 
A Justiça do Rio vai começar a soltar cerca de mil presos sem tornozeleira eletrônica. 

Segundo o juiz Eduardo Oberg, da Vara de Execuções Penais, o índice de detentos que cometem crimes quando deixam o sistema carcerário com ou sem tornozeleira é praticamente o mesmo.

“Temos 1.615 presos com tornozeleira e 930 sem tornozeleira. 

O índice de reincidência de quem tem tornozeleira e quem não tem tornozeleira é praticamente igual, não há diferença. 

Então, isso seria, ao meu sentir, um preconceito que não faz sentido”, afirmou o juiz durante entrevista ao Bom Dia Rio nesta segunda-feira (18). 

Nos próximos dias, a Justiça do RJ vai começar a soltar cerca de mil presos de cadeias do Rio sem tornozeleira.

Saiba mais:
De acordo com o juiz, todos os presos que atendem os requisitos objetivos são beneficiados pela decisão. “São aqueles que já tem o requisito objetivo para poder progredir de regime. 

Aqueles que estão no semiaberto e poderão ir para o aberto, livramento condicional ou que poderão receber indulto e no caso de término de pena. Se ele não tem periculosidade, ele tem direito à liberdade”, destaca o juiz.

“O principal princípio da Constituição brasileira é a dignidade da pessoa humana. 

Manter preso uma pessoa que eu avalio que pode ir para a rua, significa que estou cometendo uma inconstitucionalidade contrária à lei de execução penal.

 Isso eu não posso fazer”.

Da mesma forma que o magistrado defende que presos considerados de alta periculosidade saiam do Estado, Oberg também destaca a importância de levar em conta o sistema de “freios e contrapesos”, onde há um equilíbrio entre os presos considerados perigosos e o que pode ficar solto.

“O preso perigoso, que é líder de facção ele fica preso, vai para fora do estado, vai para o castigo. 

Agora, aquele que pode ser solto, ficar preso, eu estou aumento a possibilidade de rebelião, eu estou deixando na cadeia um estado de tensão enorme. 

Essa medida diminui a tensão da unidade prisional e para as olimpíadas, ela melhora o sistema prisional do Rio de Janeiro”.

Ainda segundo Oberg, o Rio de Janeiro possui capacidade para 27 mil presos no sistema e hoje já conta com 50 mil. 

“Se pensarmos pelo senso comum, não soltaríamos ninguém e teríamos 150 mil presos no sistema penitenciário. 

A Vara de Execuções Penais foi feita para a pessoa progredir de regime e ser solta quando ela puder ser solta. 

Porque, caso contrário, ela não teria razão de existir. 

Não soltar é a exceção”, revela.


Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...