Volume de chuvas menor mudou paisagem da gruta do Itambé em 15 anos.
Uso da água em irrigação e falta de mata ciliar contribuíram, diz empresário.
Estiagem fez cachoeira com 70 metros desaparecer em Altinópolis (Foto: Carlos Trinca/EPTV)
Os efeitos da estiagem mudaram o cenário de um dos principais pontos
turísticos na região de Ribeirão Preto (SP).
Quem visita a cachoeira do
Itambé, em Altinópolis (SP), se espanta ao encontrar um paredão de
pedras no lugar da queda d’água de 70 metros de altura.
O córrego seco, que é a fonte da cascata, nunca fez tanto jus ao nome.
Pudera, há dois meses não chove na cidade.
Dados do Centro Integrado de
Informações Agrometeorológicas de São Paulo (Ciiagro) apontam ainda que o
último índice pluviométrico foi de 2,03 milímetros.
As nascentes que restaram entre as rochas de arenito não são
suficientes para encher a lagoa, que hoje tem menos da metade do volume
original, segundo afirmou o empresário Edgar Meirelles Siqueira Filho,
dono de um hotel fazenda no local.
“O lago fechava toda a área e a gente, na parte de cima do barranco,
chegava a se molhar com o respingo da água.
No final de fevereiro,
março, ainda tem bastante água, mas não chega mais a fechar o lago todo e
respingar”, disse.
Ainda de acordo com Siqueira Filho, a seca não é a única culpada pelo
desaparecimento do córrego.
O uso da água na produção rural e o
desaparecimento das matas ciliares também são responsáveis pelo
problema.
“Antigamente, não secava a cachoeira, tinha bem mais água.
Nos meses de
seca, ainda tinha sempre um filetinho de água.
Mas, isso faz muitos
anos, há 15 anos.
São poucos meses em que a gente vê água na cachoeira
do Itambé”, afirmou.
Empresário diz que lagoa tem menos da metade do volume de água (Foto: Carlos Trinca/EPTV)
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